Hoje eu recebi uma confirmação que eu estava esperando pra escrever esse post. Algo bobo, mas que eu queria ter certeza. Viva o Yahoo !
Eu morei em Brasília entre 1991 e 1992 e logo depois que voltei pro Rio de Janeiro me mudei pro condomínio onde moro até hoje, o Condomínio Saens Peña ou CSP. Nessa época eu tinha uns dezesseis anos e devido a algumas mudanças de endereço anteriores, eu, adolescente e limitado, havia guardado poucas amizades e tinha raro ou nenhum contato com elas.
Não havia internet, e-mail e consequentemente nada de MSN, Orkut, Skype. Eu só contava mesmo com o bom e velho telefone, mas minhas agendas sempre sumiam...
Essa fase da vida é importante, porque geralmente é quando formamos nossas amizades mais sólidas, que nos acompanharão até o fim. Mais do que nunca eu queria conhecer gente nova, pessoas que de certa forma substituíssem meus grandes amigos brasilienses e preenchessem um vazio causado por um relacionamento muito mal resolvido.
Ao longo de 1993 eu fui abandonando a vida de atleta mesatenista, o famoso ping-pong, e passei a me dedicar somente ao volei, que a essa altura já era mais um hobby do que um esporte. Graças a ele eu comecei a frequentar o CSP mesmo antes do apartamento estar reformado e conheci a maioria dos meus amigos atuais.
Fomos adolescentes comuns; ativos, comunicativos, beijadores, mas o grande diferencial da minha tribo é que éramos educados e dentro de uma normalidade, responsáveis. Nunca nos envolvemos com drogas ilícitas, vandalismo e sempre estivemos em dia com nossas obrigações de estudo e estágio. Parece careta, chato, mas nos divertimos MUITO ! Foram muitas festas, comemorações, churrascos, bebedeiras, chás de boldo, conversas, gargalhadas, lágrimas, jogos de truco, sueca, namoros, términos de namoro... praticamente um réplica de Barrados no Baile, por sinal um bom apelido pro grupo.
Em 1995 eu entrei na faculdade de engenharia eletrônica da UFRJ e nos laboratórios da graduação tive acesso à "World Wide Web" pela primeira vez. Contas de e-mail, servidores FTP, Telnet, tudo era maravilhoso, rápido, quase instantâneo. O mundo virtual evoluiu num piscar de olhos e nos cinco anos seguintes milhares de serviços legais apareceram.
Em 2000 eu conheci o eGroups.com, um site especializado em listas de distribuição de e-mail. A gente criava um grupo e convidava os amigos. Eu achei interessante e em segredo comecei a pensar num nome. Tive a idéia de fazer um anagrama com os nomes de dois amigos que também eram engenheiros e achava eu, os únicos que se interessariam pela novidade além de mim.
Depois de alguns instantes surge no dia 13 de julho daquele ano o FoDA Produções, advindo de Fabio, Danillo e Alexandre. Foi um fracasso ! Ninguém enviava e-mails e a lista caiu em desuso.
Entretanto, o eGroups foi um sucesso e eu mesmo criei várias listas que modero até hoje. Com o tempo todos foram se rendendo à utilidade do serviço e se associando a grupos da faculdade, do trabalho, de comunidades, de afinidades e era questão de tempo até que eu fizesse uma nova tentativa.
A nossa convivência era intensa e mais pessoas foram sendo agregadas à tribo, irmãos, namorados(as), amigos(as) dos amigos, alguns pais. Passávamos todos os Reveillons juntos e sempre que o calendário permitia viajávamos na Semana Santa ou em algum feriado.
Em 2002, durante uma viagem da galera pra Rio das Ostras, depois de conversar sobre a antiga FoDA Produções, meu amigo Carlos Henrique, o KK, se empolgou e rebatizou o grupo com o nome KiFoDA. Há estórias engraçadíssimas sobre as letras "i" e "o", mas não vou fazer chacotas ! (risos). Finalmente a lista emplacou e hoje é por lá que mantemos contato com os que estão longe, com quem por algum motivo se afastou ou enviamos convites para nossos aniversários, festas e afins.
De lá pra cá já são 15 anos de amizade e 7 anos da KiFoDA Produções e Eventos; uma história muito especial pra mim. Nossos laços se fortaleceram ainda mais, hoje faço pós-graduação com um, tenho idéias de negócios com outro, sou padrinho de casamento de alguns, nunca me desentendi com nenhum. Já recusei uma proposta de emprego no exterior principalmente por causa desses malucos...
E assim vou vivendo e aprendendo a conviver com as peculiaridades e enxergando a beleza de cada um deles. Dedico uma parte da minha vida a eles, tentando fazer com que todos sejam felizes.
Enfim, eu ADORO os meus amigos. Sinto o amor através da nossa amizade !
E aí, gostou ?!? Quem sabe um dia você também não se torna um KiFoDA ?
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
O tempo é uma via de mão única, sem retorno !
Eu recebi um e-mail fantástico em resposta ao meu "post" sobre o luto. Inacreditavelmente eu CORROMPI a mensagem ao tentar movê-la de uma pasta pra outra no Outlook Express ! Já tentei usar uns programas de recuperação, mas nada ajudou. A única coisa que ficou registrada foi o nome da brilhante pensadora: Fernanda Mendes.
Em sua homenagem eu vou escrever dois textos, onde tentarei contra-argumentar alguns pontos e detalhar outros. Espero que você reapareça.
É impressionante como as pessoas convivem mal com o TEMPO ! Fico observando como é comum confortar-se ou atormentar-se engendrando situações fictícias, com critérios absurdos que resultam em conclusões falsas e perniciosas.
O tempo é um meio indefinido onde se desenrolam, de forma irreversível, as existências, os acontecimentos e os fenômenos na sua invariável mutabilidade. De forma mais simples, é uma ferramenta útil inventada pelo Homem para mensurar a progressão dos eventos que percebemos como VIDA.
Definido dessa forma ele nada mais é do que uma variável utilizada para modelar processos do nosso universo e como tal, deveria ser restrito a esse propósito. Infelizmente, a maioria de nós a usa de forma impensada.
Imagino que a invenção do tempo tenha sido um processo natural, já que o ser humano tem uma tendência a buscar padrões. Apesar da Natureza se manifestar de forma livre e por vezes aparentemente caótica, é possível observar determinados ciclos bem definidos, com início, meio e fim. O tempo é uma alternativa para equacioná-los e registrá-los de maneira estruturada.
Assim, a partir da sua criação o tempo se uniu ao espaço (as dimensões) e invadiu as profundezas das nossas mentes. Surgiram, presente, passado e futuro; consciência, memória e aprendizado.
Quanto mais evoluímos, mais complexa é a sua participação na nossa História.
Não sei ao certo, mas provavelmente foram nossos antepassados gregos que ao estudar o tempo (cronologia) perceberam que não temos acesso epistemológico ao futuro, ou seja, não somos capazes de saber no presente o que ainda vai acontecer. Por outro lado, conseguimos lembrar, mesmo que parcialmente, o que já foi vivido. Acessamos epistemologicamente o passado.
Nossas equações não são capazes de explicar essa peculiaridade, mas é fato que essa é uma regra da vida, pelo menos pra mim. Se alguém consegue antever o porvir de forma recorrente e inerrante, ou está perdido, ou nós estamos perdidos, porque ele(a) escolheu não nos contar o que nos espera ! (risos)
Além disso não conseguimos voltar no tempo ou mudar eventos passados. O fluxo temporal é sempre contínuo e inalterável. "Better get used to it" !
Apesar dessas limitações, dá-se um jeito de tentar burlá-las segundo uma estranha (in)conveniência. Vamos supor que uma pessoa que viaja sempre de avião se atrase 10 minutos e perca um vôo, por exemplo, porque pegou um engarrafamento no caminho A, enquanto um caminho B estava livre. Ela fica se lamentando e considera que se pegasse o caminho B chegaria em tempo hábil. Entretanto, se ela descobre que o avião que foi perdido sofreu uma pane fatal e caiu, ela se conforta e entende que se não fosse o engarramento ou se tivesse usado o caminho B teria morrido.
Mas afinal o caminho A é bom ou ruim ?
Ambas as considerações feitas são completamente falsas ! Até que me provem o contrário é IMPOSSÍVEL afirmar o que teria acontecido se a pessoa tivesse seguido pelo caminho B ! Ao nos permitirmos supor um evento passado diferente, somos obrigados a considerar infinitos eventos subsequentes possíveis, iguais e diferentes do que realmente se sucedeu, e não uma sequência específica qualquer ao nosso bel prazer.
Quando supomos o uso do caminho B adentramos o campo da hipótese, da fantasia, o mundo das idéias, e abandonamos a realidade temporal corrente. Nesse novo contexto tudo é possível: furar um pneu, ser assaltado, só passar por sinais verdes e/ou vermelhos, não sofrer um acidente de avião, ser transferido pra outra cia aérea, etc, etc, etc.
Portanto, não faz o menor sentido refletir sobre qual teria sido a melhor escolha. É irrelevante, pois nunca saberemos o que poderia ter acontecido. O futuro do pretérito simples ou composto do indicativo é descartável e de fato não existe em todos os idiomas.
Infelizmente manipulamos o tempo para moderar sucessos e insucessos e assim criamos um universo paralelo onde nos vemos todos-poderosos. Surge assim uma sensação de controle sobre vida que é tão certa quanto a frase: vou à praia amanhã.
Não controlamos nada, no máximo escolhemos. Por mais que seja frustrante acredito que quem normatizou o sistema o fez muito bem. Seria muito mais difícil se realmente estivéssemos no comando ! Do jeito que é nós podemos nos permitir atravessar nossa existência de maneira muito mais simples, pautados, talvez, na integridade.
Portanto, conformemo-nos e busquemos a felicidade, pois venha o que vier; seja o que for; o que passou, passou... Qual a próxima escolha ?
OBSERVAÇÃO:
Apesar da nossa impotência, isso não quer dizer que Deus é um jogador de dados e estamos sujeitos à aleatoriedade, mas esse é o assunto do próximo "post".
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
Em sua homenagem eu vou escrever dois textos, onde tentarei contra-argumentar alguns pontos e detalhar outros. Espero que você reapareça.
É impressionante como as pessoas convivem mal com o TEMPO ! Fico observando como é comum confortar-se ou atormentar-se engendrando situações fictícias, com critérios absurdos que resultam em conclusões falsas e perniciosas.
O tempo é um meio indefinido onde se desenrolam, de forma irreversível, as existências, os acontecimentos e os fenômenos na sua invariável mutabilidade. De forma mais simples, é uma ferramenta útil inventada pelo Homem para mensurar a progressão dos eventos que percebemos como VIDA.
Definido dessa forma ele nada mais é do que uma variável utilizada para modelar processos do nosso universo e como tal, deveria ser restrito a esse propósito. Infelizmente, a maioria de nós a usa de forma impensada.
Imagino que a invenção do tempo tenha sido um processo natural, já que o ser humano tem uma tendência a buscar padrões. Apesar da Natureza se manifestar de forma livre e por vezes aparentemente caótica, é possível observar determinados ciclos bem definidos, com início, meio e fim. O tempo é uma alternativa para equacioná-los e registrá-los de maneira estruturada.
Assim, a partir da sua criação o tempo se uniu ao espaço (as dimensões) e invadiu as profundezas das nossas mentes. Surgiram, presente, passado e futuro; consciência, memória e aprendizado.
Quanto mais evoluímos, mais complexa é a sua participação na nossa História.
Não sei ao certo, mas provavelmente foram nossos antepassados gregos que ao estudar o tempo (cronologia) perceberam que não temos acesso epistemológico ao futuro, ou seja, não somos capazes de saber no presente o que ainda vai acontecer. Por outro lado, conseguimos lembrar, mesmo que parcialmente, o que já foi vivido. Acessamos epistemologicamente o passado.
Nossas equações não são capazes de explicar essa peculiaridade, mas é fato que essa é uma regra da vida, pelo menos pra mim. Se alguém consegue antever o porvir de forma recorrente e inerrante, ou está perdido, ou nós estamos perdidos, porque ele(a) escolheu não nos contar o que nos espera ! (risos)
Além disso não conseguimos voltar no tempo ou mudar eventos passados. O fluxo temporal é sempre contínuo e inalterável. "Better get used to it" !
Apesar dessas limitações, dá-se um jeito de tentar burlá-las segundo uma estranha (in)conveniência. Vamos supor que uma pessoa que viaja sempre de avião se atrase 10 minutos e perca um vôo, por exemplo, porque pegou um engarrafamento no caminho A, enquanto um caminho B estava livre. Ela fica se lamentando e considera que se pegasse o caminho B chegaria em tempo hábil. Entretanto, se ela descobre que o avião que foi perdido sofreu uma pane fatal e caiu, ela se conforta e entende que se não fosse o engarramento ou se tivesse usado o caminho B teria morrido.
Mas afinal o caminho A é bom ou ruim ?
Ambas as considerações feitas são completamente falsas ! Até que me provem o contrário é IMPOSSÍVEL afirmar o que teria acontecido se a pessoa tivesse seguido pelo caminho B ! Ao nos permitirmos supor um evento passado diferente, somos obrigados a considerar infinitos eventos subsequentes possíveis, iguais e diferentes do que realmente se sucedeu, e não uma sequência específica qualquer ao nosso bel prazer.
Quando supomos o uso do caminho B adentramos o campo da hipótese, da fantasia, o mundo das idéias, e abandonamos a realidade temporal corrente. Nesse novo contexto tudo é possível: furar um pneu, ser assaltado, só passar por sinais verdes e/ou vermelhos, não sofrer um acidente de avião, ser transferido pra outra cia aérea, etc, etc, etc.
Portanto, não faz o menor sentido refletir sobre qual teria sido a melhor escolha. É irrelevante, pois nunca saberemos o que poderia ter acontecido. O futuro do pretérito simples ou composto do indicativo é descartável e de fato não existe em todos os idiomas.
Infelizmente manipulamos o tempo para moderar sucessos e insucessos e assim criamos um universo paralelo onde nos vemos todos-poderosos. Surge assim uma sensação de controle sobre vida que é tão certa quanto a frase: vou à praia amanhã.
Não controlamos nada, no máximo escolhemos. Por mais que seja frustrante acredito que quem normatizou o sistema o fez muito bem. Seria muito mais difícil se realmente estivéssemos no comando ! Do jeito que é nós podemos nos permitir atravessar nossa existência de maneira muito mais simples, pautados, talvez, na integridade.
Portanto, conformemo-nos e busquemos a felicidade, pois venha o que vier; seja o que for; o que passou, passou... Qual a próxima escolha ?
OBSERVAÇÃO:
Apesar da nossa impotência, isso não quer dizer que Deus é um jogador de dados e estamos sujeitos à aleatoriedade, mas esse é o assunto do próximo "post".
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Plantão Verso e Prosa: Curtas
Estive bem doente nos últimos dois dias, com febre, dor de cabeça, dor no corpo, tudo causado por uma desagradável sinusite, que por sua vez foi causada pelo longo período de chuvas no Rio de Janeiro. Apesar de não ser um frequentador de praias eu descobri que sou dependente de sol. Sempre que tenho chance dou uma caminhada ou corrida no calçadão de São Francisco, em Niterói, onde trabalho. Isso é o suficiente pras minhas células ficarem felizes e o meu sistema imunológico se rearmar.
Nessas duas últimas semanas quase não se viram os raios solares e depois de uma longa batalha os germes me venceram. Graças à minha massoterapeuta, a um bom descanso e à nossa estrela de quinta grandeza que pode brilhar novamente estou quase bom. Que venha a cerveja natalina !
* * *
Por conta do meu estado de saúde eu fiquei desanimado pra escrever e pra piorar quando fui ler o que já tinha escrito sobre Imutabilidade eu não gostei e joguei tudo fora. Preciso pensar um pouco mais sobre o assunto...
Tenho alguns outros textos engatilhados e devo publicar algum nos próximos dias, já que só retorno ao trabalho no dia 29/12.
Também ficou pendente a minha famosa mensagem de Natal que esse ano vai ter um tom de orgulho e será publicada aqui também.
* * *
Já entrando nesse clima, eu quero registrar que ganhei o meu quarto SEGUIDOR ! Agora tenho a honra de ser acompanhado pela minha tia Ivone que está morando lá em Goiás. Uma mulher antenada e com o espírito jovem ! Eu não tenho contato com ela há muito tempo e o blog vai ser um bom ponto de encontro. Bem-vinda, titia !
* * *
Mais do que bem-vindos também são os meus dois maiores presentes de Natal esse ano, duas novas amigas muito especiais que apareceram na minha vida, a Raquel Oliveira e a Priscila Maurício. Por algum motivo estranho à minha pessoa, quanto mais velhos ficamos, mais difícil é fazermos novas amizades. Sendo assim, temos que valorizar cada uma como se fosse a primeira.
Senhoritas, eu amo vocês. Contem comigo sempre !
* * *
E o que poderia ser mais legal nesse período em que muitos estão fazendo suas resoluções pessoais do que saber que a "Minha vida em verso e prosa" está ajudando outras pessoas. Uma leitora me escreveu dizendo que os textos"O Caminho de São Sebastião do Cais do Porto" e "O luto nosso de cada dia" ajudaram-na a superar uma fase difícil da vida, cheia de perdas e de dores. Eu não poderia ter ficado mais contente !
Pode não ser sempre, mas enquanto eu tiver recursos eu vou escrever.
* * *
Por fim quero anunciar que num futuro próximo, assim eu espero, meus escritos serão acompanhados de fotos, já que finalmente eu comprei uma câmera fotográfica digital. Eu não tenho a menor idéia de como usar esse apetrecho tecnológico e o manual é bem grandinho, portanto, eis um desafio.
Boas Festas para todos !
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
Nessas duas últimas semanas quase não se viram os raios solares e depois de uma longa batalha os germes me venceram. Graças à minha massoterapeuta, a um bom descanso e à nossa estrela de quinta grandeza que pode brilhar novamente estou quase bom. Que venha a cerveja natalina !
* * *
Por conta do meu estado de saúde eu fiquei desanimado pra escrever e pra piorar quando fui ler o que já tinha escrito sobre Imutabilidade eu não gostei e joguei tudo fora. Preciso pensar um pouco mais sobre o assunto...
Tenho alguns outros textos engatilhados e devo publicar algum nos próximos dias, já que só retorno ao trabalho no dia 29/12.
Também ficou pendente a minha famosa mensagem de Natal que esse ano vai ter um tom de orgulho e será publicada aqui também.
* * *
Já entrando nesse clima, eu quero registrar que ganhei o meu quarto SEGUIDOR ! Agora tenho a honra de ser acompanhado pela minha tia Ivone que está morando lá em Goiás. Uma mulher antenada e com o espírito jovem ! Eu não tenho contato com ela há muito tempo e o blog vai ser um bom ponto de encontro. Bem-vinda, titia !
* * *
Mais do que bem-vindos também são os meus dois maiores presentes de Natal esse ano, duas novas amigas muito especiais que apareceram na minha vida, a Raquel Oliveira e a Priscila Maurício. Por algum motivo estranho à minha pessoa, quanto mais velhos ficamos, mais difícil é fazermos novas amizades. Sendo assim, temos que valorizar cada uma como se fosse a primeira.
Senhoritas, eu amo vocês. Contem comigo sempre !
* * *
E o que poderia ser mais legal nesse período em que muitos estão fazendo suas resoluções pessoais do que saber que a "Minha vida em verso e prosa" está ajudando outras pessoas. Uma leitora me escreveu dizendo que os textos"O Caminho de São Sebastião do Cais do Porto" e "O luto nosso de cada dia" ajudaram-na a superar uma fase difícil da vida, cheia de perdas e de dores. Eu não poderia ter ficado mais contente !
Pode não ser sempre, mas enquanto eu tiver recursos eu vou escrever.
* * *
Por fim quero anunciar que num futuro próximo, assim eu espero, meus escritos serão acompanhados de fotos, já que finalmente eu comprei uma câmera fotográfica digital. Eu não tenho a menor idéia de como usar esse apetrecho tecnológico e o manual é bem grandinho, portanto, eis um desafio.
Boas Festas para todos !
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
O luto nosso de cada dia
Estou redigindo um texto sobre imutabilidade, mas além de estar muito difícil, eu me vi inspirado para escrever sobre o luto. O texto fluiu espontâneamente e resolvi publicá-lo antes do outro. É assim mesmo...
Faz parte da vida saborear o gosto acre da morte, mas não só da extinção da animação do nosso corpo físico, como também das perdas representadas pelas recorrentes frustrações que sofremos durante nossa existência. Quase tudo morre: a inocência da infância, a altivez da adolescência, a virilidade do adulto e a experiência da velhice. A criança serena que eu fui morreu e nasceu o adolescente questionador. Esse morreu para o mancebo inquieto que morreu para mim. Mais ainda, o ontem morre para o hoje, o segundo anterior para o atual, enfim, o passado sempre morre para o presente.
A continuidade da linha do tempo implica a coexistência de vida e morte num movimento cíclico e alternado. É claro que ninguém dá valor aos inúmeros milionésimos de segundo que vêm e vão, mas não podemos ignorá-los totalmente, correndo o risco de ao final da vida termos a sensação de que ela simplesmente passou sem ser vivida. Às vezes ficamos tanto tempo presos ao passado, tentando mudar o imutável, que não percebemos o indubitável valor do presente, onde nos deparamos com as verdadeiras possibilidades e escolhas. Em outras, colocamos nosso foco no futuro, conjecturando, imaginando, planejando, prevenindo; sofrendo ou gozando experiências e sensações irreais, falsas, relegando o presente a um réles meio para um fim.
Sem morte não há vida e precisamos abraçar essa dualidade, nos concentrando no agora, porque assim viveremos uma vida que se renova a todo instante. Para aceitar a morte devemos elaborar o luto, como dizem os psicólogos, para que não fiquemos presos a esses momentos onde a vida não mais existe, onde as dualidades do maniqueísmo não se verificam.
O luto se traduz em sintomas, que podem ser divididos em fases: choque, negação, depressão e aceitação. Eu já li que entre a negação e a depressão existe a raiva, mas sendo muito sincero eu nunca experimentei esse sentimento. Talvez se eu tivesse um filho as coisas fossem diferentes, mas como não tenho... Nada é mais certo e normal do que a morte. Exceto Deus e o amor (que na minha opinião são dois símbolos do mesmo elemento), tudo que tem um início fatalmente terá um fim, porém nos enganamos acreditando na sua eternidade. Nossos relacionamentos, nossos familiares, nossos amigos, nossos bens, nossos empregos, nós mesmos, todos são finitos.
Quando perdemos algo que nos é valioso, nos frustramos e essa frustração causa um choque e é essa reação ao inevitável que então nos faz negar a realidade imposta. A vida nos priva dos nossos desejos e ao negarmos o que é real, caímos em depressão e ao refutarmos essa injustiça, sofremos mais ainda.
Ficamos, então, com impressão de que somos prisioneiros de um carrasco, e na verdade somos. Entretanto, a foice desse algoz que ora nos sangra também nos liberta, cortando as amarras que nos prendem à dor do luto. As quedas nos ensinam a levantar e com o tempo aprendemos a valorizar o que nos é concedido, a força, a experiência, a resiliência, a perseverança...
Enfim, viver é estar em constante elaboração do luto, é aceitar a realidade como ela é. Esse processo serve de ponte entre a dor e o regozijo e experimentá-lo nos humaniza, nos faz aprender que somos mortais. A morte pode até ser postergada, mas nunca deixará de vir ao nosso encontro. Ela existe fundamentalmente para nos mostrar a imagem do nosso corpo desnudo, a importância das perdas, dos fracassos, das decepções, das frustrações.
Felizmente, a felicidade só depende dos ganhos e sempre ganhamos alguma coisa, por isso, eu entendo o luto como um processo fundamental para que sejamos felizes até o fim.
Agradecimento final:
Diante da morte de outrem sofremos, não por aquele que se foi, mas por nós mesmos, pela falta que ele nos fará. Esse egoísmo se manifesta graças ao vazio que foi deixado, pela parte de nós que também morreu, mas apesar disso nosso todo continua vivo e seguimos em frente.
Tudo é uma questão de escolha, seja o sofrimento ou a gratidão pelo que já passou, o medo do que se perdeu ou o amor que se sentiu graças a ele, mas independente do caminho trilhado devemos sempre agradecer. A morte não é capaz de anular o que já foi vivido e a sabedoria está em guardar as lembranças alegres, em ser grato pela oportunidade de ter convivido com o que partiu, que na vida ou na morte faz parte de nós. Todas as nossas derrotas merecem a nossa reverência.
O agradecimento pelo passado nos regozija, ilumina o caminho do presente e nos liberta da incerteza do futuro. A elaboração do luto não é a extinção do sofrimento, mas a gratidão é o remédio que pode sustar a dor e cicatrizar as feridas abertas pela morte.
Meu tio Wellington morreu nesse último sábado. Foi ele que me apresentou os conceitos de reencarnação, de agradecimento, de meditação, foi ele que me ensinou um pouco de teoria musical, de improvisação, a tocar alguns instrumentos, a desenhar... Apesar de muitos pesares, alguém muito importante !
Ele se foi... mas continua aqui, impresso em mim na parte que lhe cabe, naquele que a partir dele me transformei.
E assim, marejado, mais uma vez eu agradeço: OBRIGADO !
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
Faz parte da vida saborear o gosto acre da morte, mas não só da extinção da animação do nosso corpo físico, como também das perdas representadas pelas recorrentes frustrações que sofremos durante nossa existência. Quase tudo morre: a inocência da infância, a altivez da adolescência, a virilidade do adulto e a experiência da velhice. A criança serena que eu fui morreu e nasceu o adolescente questionador. Esse morreu para o mancebo inquieto que morreu para mim. Mais ainda, o ontem morre para o hoje, o segundo anterior para o atual, enfim, o passado sempre morre para o presente.
A continuidade da linha do tempo implica a coexistência de vida e morte num movimento cíclico e alternado. É claro que ninguém dá valor aos inúmeros milionésimos de segundo que vêm e vão, mas não podemos ignorá-los totalmente, correndo o risco de ao final da vida termos a sensação de que ela simplesmente passou sem ser vivida. Às vezes ficamos tanto tempo presos ao passado, tentando mudar o imutável, que não percebemos o indubitável valor do presente, onde nos deparamos com as verdadeiras possibilidades e escolhas. Em outras, colocamos nosso foco no futuro, conjecturando, imaginando, planejando, prevenindo; sofrendo ou gozando experiências e sensações irreais, falsas, relegando o presente a um réles meio para um fim.
Sem morte não há vida e precisamos abraçar essa dualidade, nos concentrando no agora, porque assim viveremos uma vida que se renova a todo instante. Para aceitar a morte devemos elaborar o luto, como dizem os psicólogos, para que não fiquemos presos a esses momentos onde a vida não mais existe, onde as dualidades do maniqueísmo não se verificam.
O luto se traduz em sintomas, que podem ser divididos em fases: choque, negação, depressão e aceitação. Eu já li que entre a negação e a depressão existe a raiva, mas sendo muito sincero eu nunca experimentei esse sentimento. Talvez se eu tivesse um filho as coisas fossem diferentes, mas como não tenho... Nada é mais certo e normal do que a morte. Exceto Deus e o amor (que na minha opinião são dois símbolos do mesmo elemento), tudo que tem um início fatalmente terá um fim, porém nos enganamos acreditando na sua eternidade. Nossos relacionamentos, nossos familiares, nossos amigos, nossos bens, nossos empregos, nós mesmos, todos são finitos.
Quando perdemos algo que nos é valioso, nos frustramos e essa frustração causa um choque e é essa reação ao inevitável que então nos faz negar a realidade imposta. A vida nos priva dos nossos desejos e ao negarmos o que é real, caímos em depressão e ao refutarmos essa injustiça, sofremos mais ainda.
Ficamos, então, com impressão de que somos prisioneiros de um carrasco, e na verdade somos. Entretanto, a foice desse algoz que ora nos sangra também nos liberta, cortando as amarras que nos prendem à dor do luto. As quedas nos ensinam a levantar e com o tempo aprendemos a valorizar o que nos é concedido, a força, a experiência, a resiliência, a perseverança...
Enfim, viver é estar em constante elaboração do luto, é aceitar a realidade como ela é. Esse processo serve de ponte entre a dor e o regozijo e experimentá-lo nos humaniza, nos faz aprender que somos mortais. A morte pode até ser postergada, mas nunca deixará de vir ao nosso encontro. Ela existe fundamentalmente para nos mostrar a imagem do nosso corpo desnudo, a importância das perdas, dos fracassos, das decepções, das frustrações.
Felizmente, a felicidade só depende dos ganhos e sempre ganhamos alguma coisa, por isso, eu entendo o luto como um processo fundamental para que sejamos felizes até o fim.
Agradecimento final:
Diante da morte de outrem sofremos, não por aquele que se foi, mas por nós mesmos, pela falta que ele nos fará. Esse egoísmo se manifesta graças ao vazio que foi deixado, pela parte de nós que também morreu, mas apesar disso nosso todo continua vivo e seguimos em frente.
Tudo é uma questão de escolha, seja o sofrimento ou a gratidão pelo que já passou, o medo do que se perdeu ou o amor que se sentiu graças a ele, mas independente do caminho trilhado devemos sempre agradecer. A morte não é capaz de anular o que já foi vivido e a sabedoria está em guardar as lembranças alegres, em ser grato pela oportunidade de ter convivido com o que partiu, que na vida ou na morte faz parte de nós. Todas as nossas derrotas merecem a nossa reverência.
O agradecimento pelo passado nos regozija, ilumina o caminho do presente e nos liberta da incerteza do futuro. A elaboração do luto não é a extinção do sofrimento, mas a gratidão é o remédio que pode sustar a dor e cicatrizar as feridas abertas pela morte.
Meu tio Wellington morreu nesse último sábado. Foi ele que me apresentou os conceitos de reencarnação, de agradecimento, de meditação, foi ele que me ensinou um pouco de teoria musical, de improvisação, a tocar alguns instrumentos, a desenhar... Apesar de muitos pesares, alguém muito importante !
Ele se foi... mas continua aqui, impresso em mim na parte que lhe cabe, naquele que a partir dele me transformei.
E assim, marejado, mais uma vez eu agradeço: OBRIGADO !
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Momento Música: Vanessa da Mata
Eu já ouvi falar que pra toda situação, por mais inusitada que seja, existe uma música no cancioneiro popular que se identifica com ela. Somos, então, capazes de nos relacionar com aquelas letras e notas de uma maneira singular. É como se nosso coração tivesse encontrado um par para sorrir ou chorar em uníssono.
Atualmente eu tenho ouvido mais músicas da minha coletânea pessoal, já que às quintas me atrevo a subir no palco e soltar a voz junto com a minha amiga Raquel Oliveira. Eu tinha me esquecido o quanto gosto de Soul, R&B, MPB, Jazz... e quantos duetos maravilhosos existem: Dione Warwick e Burt Bacharach, Barbra Streisand and Barry Gibb, Luther Vandross e Mariah Carey... Todos fantásticos ! Não é à toa que essa é considerada a primeira arte !
Há um tempo atrás eu descobri uma linda letra, que eu pensei inicialmente ser cantada pela Marisa Monte, dados o timbre e a precisão vocal e mais tarde me surpreendi ao tomar conhecimento que era pela Vanessa da Mata. Pus-me a investigar sua discografia e encontrei composições excitantes e melodias dignas da mais pura música popular brasileira. Vale a pena conferir o seu "website" http://www.vanessadamata.com.br/ , onde, entre outras coisas, é possível escutar as músicas do seu último CD.
A Cabala judaica e algumas filosofias que pregam a existência de almas gêmeas, dizem que é possível que um espírito eventualmente não reconheça seu par ao encontrá-lo, mesmo que este reconheça aquele. Sinto que essa canção é o exemplo perfeito dessa situação. Gostaria que todos conseguissem enxergar através das janelas da alma e avistassem o amor em meio aos vastos campos de centeio do paraíso. Com vocês: Amado
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
Amado
Artista: Vanessa Da Mata
Composição: Vanessa da Mata
Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr-do-sol, postal, mais ninguém
Peço tanto a Deus
Para lhe esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus
Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais
É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Sinto absoluto o dom de existir,
Não há solidão, nem pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina
É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você
Quero dançar com você
Dançar com você
Atualmente eu tenho ouvido mais músicas da minha coletânea pessoal, já que às quintas me atrevo a subir no palco e soltar a voz junto com a minha amiga Raquel Oliveira. Eu tinha me esquecido o quanto gosto de Soul, R&B, MPB, Jazz... e quantos duetos maravilhosos existem: Dione Warwick e Burt Bacharach, Barbra Streisand and Barry Gibb, Luther Vandross e Mariah Carey... Todos fantásticos ! Não é à toa que essa é considerada a primeira arte !
Há um tempo atrás eu descobri uma linda letra, que eu pensei inicialmente ser cantada pela Marisa Monte, dados o timbre e a precisão vocal e mais tarde me surpreendi ao tomar conhecimento que era pela Vanessa da Mata. Pus-me a investigar sua discografia e encontrei composições excitantes e melodias dignas da mais pura música popular brasileira. Vale a pena conferir o seu "website" http://www.vanessadamata.com.br/ , onde, entre outras coisas, é possível escutar as músicas do seu último CD.
A Cabala judaica e algumas filosofias que pregam a existência de almas gêmeas, dizem que é possível que um espírito eventualmente não reconheça seu par ao encontrá-lo, mesmo que este reconheça aquele. Sinto que essa canção é o exemplo perfeito dessa situação. Gostaria que todos conseguissem enxergar através das janelas da alma e avistassem o amor em meio aos vastos campos de centeio do paraíso. Com vocês: Amado
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
Amado
Artista: Vanessa Da Mata
Composição: Vanessa da Mata
Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr-do-sol, postal, mais ninguém
Peço tanto a Deus
Para lhe esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus
Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais
É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Sinto absoluto o dom de existir,
Não há solidão, nem pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina
É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você
Quero dançar com você
Dançar com você
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Plantão Verso e Prosa: Novos seguidores
Plagiando Nietzsche, eu digo: ao escrever eu me torno quem eu sou !
Escrever pra mim é especial. Acho que a sensação de alegria é diretamente proporcional ao desequilíbrio entre a entrada e saída de informação que há na minha mente. Apesar disso, muita gente ainda está se perguntando porque eu resolvi criar o blog e minha resposta é: pergunte-se porque você escova os dentes e descobrirás.
O fato é que eu tenho me divertido muito, tenho recebido muitos elogios de gente inteligente e muitos “feedbacks” importantes. Até encomenda e proposta de temas eu já recebi !
Parte dessa diversão se deve à meinha blogueira entre mim e a minha amiga Raquel Oliveira, que andou provocando curiosidade, suspeitas, especulações e muitas piadas. Resolvemos assumir publicamente o nosso caso, que aliás é um caso de amizade. Vejam a confissão Raqueliana em http://raquelcomblog.blogspot.com/2008/12/tira-teima.html
Mas não fiquem tristes...quem acompanhar a minha vida até 2018, pode ter a chance de rir com as fotos e músicas de uma grande viagem ao redor do globo que planejamos fazer. Será que vai dar certo ?
Viagens à parte, hoje o plantão é pra anunciar que eu ganhei dois novos seguidores, meus amigos Marcio e Juliana. Quero deixar registrado que é uma honra tê-los como ouvintes, porque vocês fazem parte de um grupo seleto de pessoas com múltiplas habilidades em campos diversos das ciências naturais, alguéns cujas críticas serão mais do que bem-vindas.
O Marcio é um engenheiro cheio de títulos, com um raciocínio afiado e uma veia musical subestimada. A Juliana é uma psicóloga com a capacidade de unir psiquê, arte e espiritualidade.
Acho que não preciso dizer mais nada além de OBRIGADO !
Por fim, eu decidi interagir com os meus leitores de forma mais ativa pela primeira vez e gostaria de ajuda pra escolher o próximo tema do blog. No meu forno cerebral existem os títulos: O Manual do Guerreiro da Luz: Introdução, o prefácio de um conjunto de textos com dicas para os homens solteiros que virá acompanhado do capítulo I e Obstáculos à Felicidade II: Imutabilidade, uma continuação de um dos primeiros tópicos, que considero muito interessante.
Aguardo os comentários.
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
Escrever pra mim é especial. Acho que a sensação de alegria é diretamente proporcional ao desequilíbrio entre a entrada e saída de informação que há na minha mente. Apesar disso, muita gente ainda está se perguntando porque eu resolvi criar o blog e minha resposta é: pergunte-se porque você escova os dentes e descobrirás.
O fato é que eu tenho me divertido muito, tenho recebido muitos elogios de gente inteligente e muitos “feedbacks” importantes. Até encomenda e proposta de temas eu já recebi !
Parte dessa diversão se deve à meinha blogueira entre mim e a minha amiga Raquel Oliveira, que andou provocando curiosidade, suspeitas, especulações e muitas piadas. Resolvemos assumir publicamente o nosso caso, que aliás é um caso de amizade. Vejam a confissão Raqueliana em http://raquelcomblog.blogspot.com/2008/12/tira-teima.html
Mas não fiquem tristes...quem acompanhar a minha vida até 2018, pode ter a chance de rir com as fotos e músicas de uma grande viagem ao redor do globo que planejamos fazer. Será que vai dar certo ?
Viagens à parte, hoje o plantão é pra anunciar que eu ganhei dois novos seguidores, meus amigos Marcio e Juliana. Quero deixar registrado que é uma honra tê-los como ouvintes, porque vocês fazem parte de um grupo seleto de pessoas com múltiplas habilidades em campos diversos das ciências naturais, alguéns cujas críticas serão mais do que bem-vindas.
O Marcio é um engenheiro cheio de títulos, com um raciocínio afiado e uma veia musical subestimada. A Juliana é uma psicóloga com a capacidade de unir psiquê, arte e espiritualidade.
Acho que não preciso dizer mais nada além de OBRIGADO !
Por fim, eu decidi interagir com os meus leitores de forma mais ativa pela primeira vez e gostaria de ajuda pra escolher o próximo tema do blog. No meu forno cerebral existem os títulos: O Manual do Guerreiro da Luz: Introdução, o prefácio de um conjunto de textos com dicas para os homens solteiros que virá acompanhado do capítulo I e Obstáculos à Felicidade II: Imutabilidade, uma continuação de um dos primeiros tópicos, que considero muito interessante.
Aguardo os comentários.
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Comemorando bodas de ambrosia
Hoje é dia de festa. O blog fez 37 dias de idade, portanto, já atingiu a maioridade ! Agora ele pode registrar palavras mais fortes, temas mais maliciosos, conteúdos mais poéticos.
A ambrosia é perfeita para homenagear a ocasião, porque é um doce que simboliza a ligação entre o divino e o profano, o alimento preferido dos deuses gregos. Reza a lenda que quando era oferecido para um mortal, esse experimentava uma singular sensação de felicidade. Deu até água na boca !
Na verdade as comemorações começaram ontem, porque quem me conhece sabe que eu não sou fanático por regras... (risos debochados). A minha sorte é que diferentemente do inconsciente coletivo, não há um consciente coletivo. Nada mais heterogêneo e frágil do que a mente humana... Faz-se então necessária a existência de leis e por uma questão de cidadania eu as respeito. Melhor dizendo, eu as respeito a maioria das vezes, mas quando não o faço estou preparado para arcar com as consequências.
Confesso que há ocasiões em que o meu senso parece ser melhor do que o dos legisladores, mas durante alguns anos da minha infância eu fui criado por uma tia-avó muito religiosa, que sempre falava dos sete pecados capitais. Eu ficava intrigado e de certa forma com medo da soberba, porque era a única palavra que eu não conhecia. Parecia ser algo bem feio !
Em algum momento eu descobri que era um sinônimo de arrogância, mas a essa altura eu já tinha decidido que esse pecado eu não ia cometer ! Talvez por isso eu conviva pacificamente com o poder legiferante.
Entretanto, a vida é uma caixinha de surpresas e como eu já disse em outro “post”, ao longo dos anos tornei-me um bom solucionador de problemas, em todos os aspectos. Em particular, eu deduzi que nós criamos nossos próprios problemas e a partir dessa premissa tentei me isentar de todo e qualquer desequilíbrio. Tudo parecia ir muito bem, pelo menos assim eu pensava...
O sucesso recorrente trouxe orgulho e graças ao cuidado com os pecados da minha tia, trouxe também uma auto-arrogância, um tipo de autoconfiança invisível e exagerada, em que eu me sentia capaz de resolver qualquer questão pessoal. Fora da minha bolha eu era apenas mais um escravo da imperfeição, falível, impotente e ignorante, mas dentro dela eu me via infalível, onipotente e onisciente.
O resultado não podia ser outro: fracasso.
Infelizmente não “lembramos” do futuro como lembramos do passado e agora só me resta agradecer pela chance que estou tendo de rever minhas vãs filosofias ainda nesse plano.
Graças a não sei o que ou quem, eu cultivei genuinamente outros atributos como o conhecimento, o amor, a justiça e a bondade e talvez por isso, só por isso, eu ainda tenha o respeito de pessoas importantes como a minha amiga Juliana.
Mais uma vez obrigado !
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
A ambrosia é perfeita para homenagear a ocasião, porque é um doce que simboliza a ligação entre o divino e o profano, o alimento preferido dos deuses gregos. Reza a lenda que quando era oferecido para um mortal, esse experimentava uma singular sensação de felicidade. Deu até água na boca !
Na verdade as comemorações começaram ontem, porque quem me conhece sabe que eu não sou fanático por regras... (risos debochados). A minha sorte é que diferentemente do inconsciente coletivo, não há um consciente coletivo. Nada mais heterogêneo e frágil do que a mente humana... Faz-se então necessária a existência de leis e por uma questão de cidadania eu as respeito. Melhor dizendo, eu as respeito a maioria das vezes, mas quando não o faço estou preparado para arcar com as consequências.
Confesso que há ocasiões em que o meu senso parece ser melhor do que o dos legisladores, mas durante alguns anos da minha infância eu fui criado por uma tia-avó muito religiosa, que sempre falava dos sete pecados capitais. Eu ficava intrigado e de certa forma com medo da soberba, porque era a única palavra que eu não conhecia. Parecia ser algo bem feio !
Em algum momento eu descobri que era um sinônimo de arrogância, mas a essa altura eu já tinha decidido que esse pecado eu não ia cometer ! Talvez por isso eu conviva pacificamente com o poder legiferante.
Entretanto, a vida é uma caixinha de surpresas e como eu já disse em outro “post”, ao longo dos anos tornei-me um bom solucionador de problemas, em todos os aspectos. Em particular, eu deduzi que nós criamos nossos próprios problemas e a partir dessa premissa tentei me isentar de todo e qualquer desequilíbrio. Tudo parecia ir muito bem, pelo menos assim eu pensava...
O sucesso recorrente trouxe orgulho e graças ao cuidado com os pecados da minha tia, trouxe também uma auto-arrogância, um tipo de autoconfiança invisível e exagerada, em que eu me sentia capaz de resolver qualquer questão pessoal. Fora da minha bolha eu era apenas mais um escravo da imperfeição, falível, impotente e ignorante, mas dentro dela eu me via infalível, onipotente e onisciente.
O resultado não podia ser outro: fracasso.
Infelizmente não “lembramos” do futuro como lembramos do passado e agora só me resta agradecer pela chance que estou tendo de rever minhas vãs filosofias ainda nesse plano.
Graças a não sei o que ou quem, eu cultivei genuinamente outros atributos como o conhecimento, o amor, a justiça e a bondade e talvez por isso, só por isso, eu ainda tenha o respeito de pessoas importantes como a minha amiga Juliana.
Mais uma vez obrigado !
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Momento Poesia: O Sentido da Vida
Título: O Sentido da Vida
Autor: Fabio Machado
Cada segundo impiedoso e implacável
Acelerando meu coração até o limite
Despindo-me de qualquer razão aparente
Meros centímetros parecem anos-luz
O universo atinge o ponto de mutação
Que nos une através de nossas almas
Nada mais existe, a vida é uma ilusão
Só o amor resiste em meio à escuridão
Os átomos viajam sem rumo ou destino
Impulsionados pela energia da paixão
Conduzem meus sentidos ao extremo
Elevam meu espírito até o ser supremo
Tudo fez sentido, o mistério acabou
Não vejo, não ouço, não penso
O tempo finalmente parou de correr
Não sou mais eu, sou eu e você
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
Autor: Fabio Machado
Cada segundo impiedoso e implacável
Acelerando meu coração até o limite
Despindo-me de qualquer razão aparente
Meros centímetros parecem anos-luz
O universo atinge o ponto de mutação
Que nos une através de nossas almas
Nada mais existe, a vida é uma ilusão
Só o amor resiste em meio à escuridão
Os átomos viajam sem rumo ou destino
Impulsionados pela energia da paixão
Conduzem meus sentidos ao extremo
Elevam meu espírito até o ser supremo
Tudo fez sentido, o mistério acabou
Não vejo, não ouço, não penso
O tempo finalmente parou de correr
Não sou mais eu, sou eu e você
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
domingo, 30 de novembro de 2008
Meu superego está de licença médica
Eis uma frase falsa: TODO MUNDO SE REPRIME ! Ela é inverídica porque eu não posso prová-la logicamente, mas nunca ouvi alguém dizer que satisfaz todos os seus instintos e desejos, muito pelo contrário, meus ouvidos são a prova de que quanto mais reprimida é uma pessoa, mais extraordinárias são as suas vontades...
A mente humana é muito complexa e acredito que não seja possível controlar a natureza dos nossos pensamentos. Podemos desligá-los, por exemplo, através da meditação, mas em condições normais eles brotam do id, livres, leves e soltos, até serem filtrados pelo superego.
Quantas vezes imaginamos o que seria melhor não imaginar e pior ainda, por que desejamos o indesejável ?
Posso ser irresponsável e dizer então que todos possuímos no mínimo dupla personalidade ! Alguns tentam minimizar ao máximo a diferença entre esses “eus”, mas acho difícil que eles se tornem um só... (risos)
Em suma, excetuando-se esses rebeldes mencionados acima, o resto da multidão possui um eu social e um eu marginal (a margem de). A regra do jogo é não deixar esse último tornar-se um marginal (infrator de algum tipo de lei).
Eu penso que equilibrar moral, razão e emoção, definindo uma prioridade não é nada fácil, mas em algum nível de consciência todos fazemos isso. Durante muito tempo a moral ocupou o posto mais alto no meu “ranking”, mas hoje é a emoção que está no topo, é ela que norteia minhas buscas pessoais. Por que ? Porque a relação entre o Homem, a moral e a razão é muito mais humana do que a sua relação com a emoção e o ser humano é filosoficamente imperfeito.
Até onde vai minha percepção, moral e razão são constructos basicamente humanos e estão à mercê de todas as nossas falhas.
Prefiro, portanto, confiar nas minhas emoções, que surgem de algum lugar desconhecido e não diagnosticado quanto à sua perfeição. Não é legal haver a possibilidade de que a fonte delas seja o Paraíso, o Céu, o Nirvana, Deus ?
Andei conversando com o meu eu marginal que, aliás, é psicanalista e psiquiatra, e ele resolveu dar uma licença para o eu social, que é engenheiro e poeta. Já que a essa altura do campeonato não dá mais pra ser amoral, eu vou fazer o possível pra não ser imoral, mas nesse período, por favor, não condenem o marginal, ele é inexperiente e não sabe o que faz !
Por falar nisso, eu hoje fui muito bem acompanhado almoçar no restaurante do Jorge Aragão, o Bossa Nossa. Ele fica na Estrada Coronel Pedro Correia, 1175, na Barra da Tijuca. Todo domingo eles têm um cardápio especial e hoje foi rodízio de moqueca com chopp liberado. O preço ? Pasmem ! R$35,00 por pessoa + 10%
Abraços fraternais,
Fabio Machado.
A mente humana é muito complexa e acredito que não seja possível controlar a natureza dos nossos pensamentos. Podemos desligá-los, por exemplo, através da meditação, mas em condições normais eles brotam do id, livres, leves e soltos, até serem filtrados pelo superego.
Quantas vezes imaginamos o que seria melhor não imaginar e pior ainda, por que desejamos o indesejável ?
Posso ser irresponsável e dizer então que todos possuímos no mínimo dupla personalidade ! Alguns tentam minimizar ao máximo a diferença entre esses “eus”, mas acho difícil que eles se tornem um só... (risos)
Em suma, excetuando-se esses rebeldes mencionados acima, o resto da multidão possui um eu social e um eu marginal (a margem de). A regra do jogo é não deixar esse último tornar-se um marginal (infrator de algum tipo de lei).
Eu penso que equilibrar moral, razão e emoção, definindo uma prioridade não é nada fácil, mas em algum nível de consciência todos fazemos isso. Durante muito tempo a moral ocupou o posto mais alto no meu “ranking”, mas hoje é a emoção que está no topo, é ela que norteia minhas buscas pessoais. Por que ? Porque a relação entre o Homem, a moral e a razão é muito mais humana do que a sua relação com a emoção e o ser humano é filosoficamente imperfeito.
Até onde vai minha percepção, moral e razão são constructos basicamente humanos e estão à mercê de todas as nossas falhas.
Prefiro, portanto, confiar nas minhas emoções, que surgem de algum lugar desconhecido e não diagnosticado quanto à sua perfeição. Não é legal haver a possibilidade de que a fonte delas seja o Paraíso, o Céu, o Nirvana, Deus ?
Andei conversando com o meu eu marginal que, aliás, é psicanalista e psiquiatra, e ele resolveu dar uma licença para o eu social, que é engenheiro e poeta. Já que a essa altura do campeonato não dá mais pra ser amoral, eu vou fazer o possível pra não ser imoral, mas nesse período, por favor, não condenem o marginal, ele é inexperiente e não sabe o que faz !
Por falar nisso, eu hoje fui muito bem acompanhado almoçar no restaurante do Jorge Aragão, o Bossa Nossa. Ele fica na Estrada Coronel Pedro Correia, 1175, na Barra da Tijuca. Todo domingo eles têm um cardápio especial e hoje foi rodízio de moqueca com chopp liberado. O preço ? Pasmem ! R$35,00 por pessoa + 10%
Abraços fraternais,
Fabio Machado.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Viva a Reinheitsgebot !
A Reinheitsgebot, pra quem não sabe, foi uma lei promulgada pelo duque Guilherme IV em 1516, versando sobre a pureza da cerveja alemã. Ela diz que o "suco de cevada" deve ser produzido com apenas três ingredientes: água, malte de cevada e lúpulo. Como o povo já trocava as pernas nessa época, com certeza havia fermentação no processo de fabricação, porque é dela que se obtém o álcool, mas a ciência de então ainda não tinha descoberto que eram as leveduras que faziam a mágica. Não fez a menor diferença pra eles !
Uma grande vantagem de seguir essa lei é que não são adicionados conservantes, antioxidantes ou quaisquer produtos químicos à bebida. Segundo alguns alquimistas da cerveja são esses elementos artificiais que causam a famosa ressaca e nada pior do que acordar com gosto de cabo de guarda-chuva na boca !
Ontem eu comprovei essa teoria e bebi 1,5 litros da dourada Paulaner Hefe-Weissbier, uma Lager turva e encorpada com aroma frutado, traços de cravo, amargor suave e uma espuma cremosa sensacional. Completei a farra bohêmia com duas "long-necks" da tradicional Beck's, uma germânica bem popular. Paguei preços honestos, por exemplo, a Paulaner (500ml) custou R$13,80. Vale a pena gastar mais um pouco e beber um produto de qualidade !
Acordei ótimo, depois de ter dormido que nem uma pedra ! Comi todas aquelas coisas que fazem bem: fibras, linhaça, mamão, leite fermentado com lactobacilos vivos, iogurte e com o fígado em processo de recuperação semi-concluído, vim labutar.
Hoje é sexta-feira, segundo os mais experientes aqui do trabalho, "o dia internacional da chinelada". Eu sempre fico torcendo pra eles não estarem se referindo a esposas violentas; se bem que de leve um tapinha não dói !
Um brinde à Ninkasi, a deusa da cerveja !!!
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
Uma grande vantagem de seguir essa lei é que não são adicionados conservantes, antioxidantes ou quaisquer produtos químicos à bebida. Segundo alguns alquimistas da cerveja são esses elementos artificiais que causam a famosa ressaca e nada pior do que acordar com gosto de cabo de guarda-chuva na boca !
Ontem eu comprovei essa teoria e bebi 1,5 litros da dourada Paulaner Hefe-Weissbier, uma Lager turva e encorpada com aroma frutado, traços de cravo, amargor suave e uma espuma cremosa sensacional. Completei a farra bohêmia com duas "long-necks" da tradicional Beck's, uma germânica bem popular. Paguei preços honestos, por exemplo, a Paulaner (500ml) custou R$13,80. Vale a pena gastar mais um pouco e beber um produto de qualidade !
Acordei ótimo, depois de ter dormido que nem uma pedra ! Comi todas aquelas coisas que fazem bem: fibras, linhaça, mamão, leite fermentado com lactobacilos vivos, iogurte e com o fígado em processo de recuperação semi-concluído, vim labutar.
Hoje é sexta-feira, segundo os mais experientes aqui do trabalho, "o dia internacional da chinelada". Eu sempre fico torcendo pra eles não estarem se referindo a esposas violentas; se bem que de leve um tapinha não dói !
Um brinde à Ninkasi, a deusa da cerveja !!!
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Quero conversar nos quatro cantos do planeta !
Já que eu não consigo provar que eu existo, eu defino minha consciência através do que eu penso e do que eu escolho. As minhas escolhas seguem o princípio aristotélico de que elas quando feitas repetidamente se tornam hábitos e esses eventualmente se tornam cultura, se não para nós mesmos, para os outros que estão ao nosso redor. Esse é um processo mental exclusivamente interno.
Eu, por exemplo, sou uma pessoa boa, todos que me conhecem confirmariam e acho até que já servi de exemplo para alguns amigos, mas uma vez quando eu estava no primário, eu escolhi ser mal. Por algum motivo, que até hoje eu desconheço, nesse dia eu escolhi jogar a "caderneta" do meu melhor amigo pela janela do colégio. Não houve premeditação, sentimento de raiva, de vingança ou de culpa, eu simplesmente fiz uma escolha que nunca havia feito antes e nunca mais fiz até hoje, ser mal ! Por isso num futuro "post" eu escreverei que ninguém é totalmente bom ou mal.
Meus pensamentos, em contrapartida, são influenciados pelo que eu leio e pelo que eu converso. Outros meios de comunicação exercem pouca ou nenhuma influência e vou desconsiderá-los aqui.
Infelizmente nos últimos anos eu vinha lendo e conversando pouco e graças a uma pessoa muito especial na minha vida, minha amiga Elizabeth, eu hoje me reencontrei cognitivamente. Aliás, eu espero que ela continue aparecendo pelo menos de quinze em quinze anos, porque ela tem o poder de me renovar !
Como eu já disse em outro texto é difícil formar um diálogo de alto nível, porque tudo parece estar muito rápido, dinâmico, "online", "on demand", enfim, tecnológico. Até a voz já é sobre IP (IP = Internet Protocol).
Trocar idéias pessoalmente se tornou enfadonho, obsoleto, piegas, maçante a ponto de exigir paciência. Não consigo enxergar dessa maneira...
Apesar de eu achar que "o segredo" é uma farsa subversiva, eu sempre atraio pessoas que gostam de conversar. Talvez seja porque eu não me comporto como se tivesse entrando numa batalha querendo eliminar o inimigo, mas ao invés disso, estou sempre tomado pelo pensamento: eu não quero estar certo, eu quero ser feliz e que TODOS sejam felizes !
Cada nova pessoa interessante que conhecemos deve ser motivo de comemoração e agradecimento, especialmente quando a troca existente é agradável e valiosa. Por exemplo, essa semana eu conheci uma mulher encantadora e aprendi com ela que existem ipês-rosas e que LightSheer é o melhor laser para depilação definitiva. Discutimos sobre relacionamentos findos, findáveis e vindouros e outras coisas desafiadoras às mentes mais alienadas. Por fim, tive o privilégio de comer a melhor pizza do universo acompanhada de um ótimo vinho e uma sobremesa bretã que eu recomendo.
Viver bem é viver bem acompanhado, seja de parentes, seja de amigos, seja de amantes. Sinto-me muito à vontade comigo mesmo e sou muito bem resolvido, mas quando eu decidi não ser um sacerdote, eu de certa forma decidi não viver de forma contemplativa solitária. Que os deuses (com "d" minúsculo) me desculpem !
Recentemente eu decidi que quero conhecer e conversar não só com quem está geograficamente próximo, mas com todos aqueles(as) que eu encontrar nos quatro cantos do planeta. Para tanto, eu pretendo juntar uma boa soma, levando uma vida de certa forma simples hoje, para me aposentar cedo e viajar pelo mundo amanhã, por onde o vento me levar. Quem sabe eu não giro o globo e acabo aqui no final. Acho até provável...
Seria fantástico viajar com uma fotógrafa pra eternizar os momentos mais radicais ou com uma cantora pra cantar as emoções mais sublimes, mas o futuro a Deus pertence. Quem sabe eu não compro uma máquina fotográfica com gravador até lá ?
Ontem, hoje e sempre devemos sempre reverenciar e agradecer. Obrigado !
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
Eu, por exemplo, sou uma pessoa boa, todos que me conhecem confirmariam e acho até que já servi de exemplo para alguns amigos, mas uma vez quando eu estava no primário, eu escolhi ser mal. Por algum motivo, que até hoje eu desconheço, nesse dia eu escolhi jogar a "caderneta" do meu melhor amigo pela janela do colégio. Não houve premeditação, sentimento de raiva, de vingança ou de culpa, eu simplesmente fiz uma escolha que nunca havia feito antes e nunca mais fiz até hoje, ser mal ! Por isso num futuro "post" eu escreverei que ninguém é totalmente bom ou mal.
Meus pensamentos, em contrapartida, são influenciados pelo que eu leio e pelo que eu converso. Outros meios de comunicação exercem pouca ou nenhuma influência e vou desconsiderá-los aqui.
Infelizmente nos últimos anos eu vinha lendo e conversando pouco e graças a uma pessoa muito especial na minha vida, minha amiga Elizabeth, eu hoje me reencontrei cognitivamente. Aliás, eu espero que ela continue aparecendo pelo menos de quinze em quinze anos, porque ela tem o poder de me renovar !
Como eu já disse em outro texto é difícil formar um diálogo de alto nível, porque tudo parece estar muito rápido, dinâmico, "online", "on demand", enfim, tecnológico. Até a voz já é sobre IP (IP = Internet Protocol).
Trocar idéias pessoalmente se tornou enfadonho, obsoleto, piegas, maçante a ponto de exigir paciência. Não consigo enxergar dessa maneira...
Apesar de eu achar que "o segredo" é uma farsa subversiva, eu sempre atraio pessoas que gostam de conversar. Talvez seja porque eu não me comporto como se tivesse entrando numa batalha querendo eliminar o inimigo, mas ao invés disso, estou sempre tomado pelo pensamento: eu não quero estar certo, eu quero ser feliz e que TODOS sejam felizes !
Cada nova pessoa interessante que conhecemos deve ser motivo de comemoração e agradecimento, especialmente quando a troca existente é agradável e valiosa. Por exemplo, essa semana eu conheci uma mulher encantadora e aprendi com ela que existem ipês-rosas e que LightSheer é o melhor laser para depilação definitiva. Discutimos sobre relacionamentos findos, findáveis e vindouros e outras coisas desafiadoras às mentes mais alienadas. Por fim, tive o privilégio de comer a melhor pizza do universo acompanhada de um ótimo vinho e uma sobremesa bretã que eu recomendo.
Viver bem é viver bem acompanhado, seja de parentes, seja de amigos, seja de amantes. Sinto-me muito à vontade comigo mesmo e sou muito bem resolvido, mas quando eu decidi não ser um sacerdote, eu de certa forma decidi não viver de forma contemplativa solitária. Que os deuses (com "d" minúsculo) me desculpem !
Recentemente eu decidi que quero conhecer e conversar não só com quem está geograficamente próximo, mas com todos aqueles(as) que eu encontrar nos quatro cantos do planeta. Para tanto, eu pretendo juntar uma boa soma, levando uma vida de certa forma simples hoje, para me aposentar cedo e viajar pelo mundo amanhã, por onde o vento me levar. Quem sabe eu não giro o globo e acabo aqui no final. Acho até provável...
Seria fantástico viajar com uma fotógrafa pra eternizar os momentos mais radicais ou com uma cantora pra cantar as emoções mais sublimes, mas o futuro a Deus pertence. Quem sabe eu não compro uma máquina fotográfica com gravador até lá ?
Ontem, hoje e sempre devemos sempre reverenciar e agradecer. Obrigado !
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Sou um móbile solto no furacão...
Felizmente ou infelizmente eu gosto de ler e estudar. É claro que hoje em dia eu tenho que dividir meu tempo entre essas e outras atividades, como o meu trabalho. Aliás, eu gosto do que faço ! Gostaria de poder aplicar mais as ferramentas que eu conheço, mas antes passos do que descompassos...
O fato é que ler me tornou uma pessoa questionadora. Eu me reprimo socialmente, mas no íntimo questiono TUDO ! Isso faz de mim um móbile, que tem o seu ponto de equilíbrio estável, mas sob a mínima influência se torna errático. Por um lado é bom, porque há momentos na vida em que a calmaria me traz inquietude, mas existe um outro lado maquiavélico... (desculpe-me Maquiavel, eu SEI que você não foi maquiavélico)
Sou altamente mutável e conscientemente flexível e essas características aliadas a um forte senso de auto-preservação propiciam fases de profundas resoluções pessoais. Vivi uma delas recentemente... Nesses períodos eu acabo sendo aparentemente "pesado" e "pessimista", mas não é nada disso !
O que eu quero é viver a felicidade dos pequenos gestos, o amor dos suaves toques. Nos últimos tempos Murphy parece estar hibernando e a vida tem sido intrigantemente bondosa e me mostrado que a minha espontaneidade é bem-vinda. Andar calmamente na chuva, conversar por horas sustentando uma taça de vinhos, cantar no banho às 7:15H, chorar ao assistir um bom romance, querer um final feliz, contemplar o por do sol por alguns minutos em total silêncio, todas essas coisas e muitas outras são de fato maravilhosas e existem outras pessoas se embebendo desses momentos ! Não importa se somos sãos ou loucos, quero conhecê-los ! Mais do que isso, quero sorver o néctar junto com eles !!!
Talvez sejamos uns poucos sobreviventes resgatados de uma realidade perversa, talvez sejamos bárbaros em guerra contra a nossa própria perversidade... Quem poderá nos dizer ?
Eu procuro ser um corajoso aristotélico, mas muitas vezes sou mal compreendido. Nem sempre me entendem quando digo que a tristeza faz parte da felicidade ou que chorar faz bem pro espírito, mas regozijam-se quando corto o cabelo ou brindo com a morena linda da mesa ao lado que sorriu pra mim. Desculpem-me se pareço complexo; não sou, mas faz parte !
Ler os escritos de outros Joãos e Marias tem me mostrado um novo universo de idéias e paradigmas e minha coragem tem navegado pra lá e pra cá. Cada vez mais percebo que o difícil não é vencer a minha loucura, mas sim a sanidade do próximo. Em meio a essa guerra, é lancinante notar que o amor ganhou vários sentidos, mas perdeu o seu valor.
Espero que eu esteja errado ! Torço para que a agricultura transgênica esteja criando uma geração de covardes e temerosos que simplesmente estão dopados demais... Será que eu sou um deles ?
Enfim, sigo a minha jornada no meio desse furacão, feliz da vida, aguardando o amor bater na minha porta, sem pressa, mas com muito respeito. Enquanto isso continuo lendo, escrevendo, aprendendo, sorrindo, divertindo, enlouquecendo ! Alguém me acompanha ?
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
O fato é que ler me tornou uma pessoa questionadora. Eu me reprimo socialmente, mas no íntimo questiono TUDO ! Isso faz de mim um móbile, que tem o seu ponto de equilíbrio estável, mas sob a mínima influência se torna errático. Por um lado é bom, porque há momentos na vida em que a calmaria me traz inquietude, mas existe um outro lado maquiavélico... (desculpe-me Maquiavel, eu SEI que você não foi maquiavélico)
Sou altamente mutável e conscientemente flexível e essas características aliadas a um forte senso de auto-preservação propiciam fases de profundas resoluções pessoais. Vivi uma delas recentemente... Nesses períodos eu acabo sendo aparentemente "pesado" e "pessimista", mas não é nada disso !
O que eu quero é viver a felicidade dos pequenos gestos, o amor dos suaves toques. Nos últimos tempos Murphy parece estar hibernando e a vida tem sido intrigantemente bondosa e me mostrado que a minha espontaneidade é bem-vinda. Andar calmamente na chuva, conversar por horas sustentando uma taça de vinhos, cantar no banho às 7:15H, chorar ao assistir um bom romance, querer um final feliz, contemplar o por do sol por alguns minutos em total silêncio, todas essas coisas e muitas outras são de fato maravilhosas e existem outras pessoas se embebendo desses momentos ! Não importa se somos sãos ou loucos, quero conhecê-los ! Mais do que isso, quero sorver o néctar junto com eles !!!
Talvez sejamos uns poucos sobreviventes resgatados de uma realidade perversa, talvez sejamos bárbaros em guerra contra a nossa própria perversidade... Quem poderá nos dizer ?
Eu procuro ser um corajoso aristotélico, mas muitas vezes sou mal compreendido. Nem sempre me entendem quando digo que a tristeza faz parte da felicidade ou que chorar faz bem pro espírito, mas regozijam-se quando corto o cabelo ou brindo com a morena linda da mesa ao lado que sorriu pra mim. Desculpem-me se pareço complexo; não sou, mas faz parte !
Ler os escritos de outros Joãos e Marias tem me mostrado um novo universo de idéias e paradigmas e minha coragem tem navegado pra lá e pra cá. Cada vez mais percebo que o difícil não é vencer a minha loucura, mas sim a sanidade do próximo. Em meio a essa guerra, é lancinante notar que o amor ganhou vários sentidos, mas perdeu o seu valor.
Espero que eu esteja errado ! Torço para que a agricultura transgênica esteja criando uma geração de covardes e temerosos que simplesmente estão dopados demais... Será que eu sou um deles ?
Enfim, sigo a minha jornada no meio desse furacão, feliz da vida, aguardando o amor bater na minha porta, sem pressa, mas com muito respeito. Enquanto isso continuo lendo, escrevendo, aprendendo, sorrindo, divertindo, enlouquecendo ! Alguém me acompanha ?
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Plantão Verso e Prosa: Novidades
Tenho recebido algumas críticas valiosas sobre o meu blog. Geralmente as pessoas não querem se expor, por isso me escrevem via e-mail. Não tem problema !
Aprecio de coração os comentários deixados online, mas meu objetivo maior não é obter reconhecimento público, sendo assim, sintam-se à vontade para me contatar como quiserem.
Até agora a crítica mais imparcial que eu recebi foi da minha friend to be Raquel Oliveira, que disse ser possível avaliar a forma, mas não o conteúdo. Ela sugeriu que eu invista mais na identidade visual do diário e é isso que eu pretendo fazer aos poucos.
Apesar de eu ser oriundo da área de tecnologia, a cada dia eu me torno menos especialista e mais generalista e meu foco é resolver problemas da maneira mais eficiente possível. Não tenho conhecimento suficiente sobre desenvolvimento Web para criar o modelo de blog que gostaria, mas eu posso tentar incrementar esse tipo retrô que eu usei, por sinal, um contraste sutil entre o moderno e o antigo.
Já implementei alguns gadgets como o SEGUIDOR, que permite àqueles que possuem endereço eletrônico no Google receber avisos quando eu postar algo novo e o RSS Feeder, que é uma maneira de receber uma sinopse dos textos através de programas (softwares) específicos. Também inseri um slide de imagens, que terá algumas fotos pessoais no futuro. Vejam no lado esquerdo da página !
Por fim, exerci minha consciência ecológica anunciando espécies de animais ameaçados de extinção. Vejam no final do blog !
É isso, vamos em frente. No próximo post eu vou contar o segredo do amor... Aguardem !
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
Aprecio de coração os comentários deixados online, mas meu objetivo maior não é obter reconhecimento público, sendo assim, sintam-se à vontade para me contatar como quiserem.
Até agora a crítica mais imparcial que eu recebi foi da minha friend to be Raquel Oliveira, que disse ser possível avaliar a forma, mas não o conteúdo. Ela sugeriu que eu invista mais na identidade visual do diário e é isso que eu pretendo fazer aos poucos.
Apesar de eu ser oriundo da área de tecnologia, a cada dia eu me torno menos especialista e mais generalista e meu foco é resolver problemas da maneira mais eficiente possível. Não tenho conhecimento suficiente sobre desenvolvimento Web para criar o modelo de blog que gostaria, mas eu posso tentar incrementar esse tipo retrô que eu usei, por sinal, um contraste sutil entre o moderno e o antigo.
Já implementei alguns gadgets como o SEGUIDOR, que permite àqueles que possuem endereço eletrônico no Google receber avisos quando eu postar algo novo e o RSS Feeder, que é uma maneira de receber uma sinopse dos textos através de programas (softwares) específicos. Também inseri um slide de imagens, que terá algumas fotos pessoais no futuro. Vejam no lado esquerdo da página !
Por fim, exerci minha consciência ecológica anunciando espécies de animais ameaçados de extinção. Vejam no final do blog !
É isso, vamos em frente. No próximo post eu vou contar o segredo do amor... Aguardem !
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Teoria da Diferença x Semelhança
Quase todo mundo tem alguma coisa de interessante, alguma qualidade que se sobressai, alguma virtude marcante ou traço físico inesquecível.
Às vezes é algo natural, inato, que pode ser tão simples quanto olhos azuis, mas também pode ser algo desenvolvido, tão complexo quanto inteligência emocional. Em qualquer caso, não deixa de ser parte do nosso eu e é isso que vale.
Penso que os nossos prós são além de uma necessidade pessoal, uma questão de sobrevivência social. Queiremos ou não, estamos no meio de uma competição, onde mesmo quem não quer competir e/ou não gosta do jogo é quase obrigado a participar, afinal, não podemos deixar os vírus vencerem ! (Quem não assistiu o filme Matrix peça ajuda aos Universitários)
Diante desse contexto, como podemos identificar um possível parceiro(a) ? Excluindo o amor à primeira vista, que pode ser um tema no futuro, todo mundo precisa de um critério. Até não ter critério é um critério !
Eu tenho uma teoria, que eu batizei de Diferença x Semelhança que foi moldada dentro de mim anos atrás inconscientemente e hoje busco vivê-la na prática.
Convenhamos, semelhança é o que nos dá prazer ! Quando nos sentimos compreendidos, quando nos vemos diante de uma pessoa que continuamente é capaz de sentir o que você sente, gostar do que você gosta e buscar o que você busca é fantástico ! Na minha opinião, sintonia mental, emocional, espiritual e sexual é essencial ! Só não me atrevo a dizer qual é a mais importante...
Entretanto, se houver 100% de semelhança, numa análise bem vulgar, não há individualidade ! Você morreu ! Seria como estar num carro em movimento sem motorista e sem piloto automático.
Você olha pro(a) outro(a) e, como se estivesse de frente pra um espelho, se vê. De uma forma estranha o prazer é aos poucos substituído pela indiferença e pela inércia, palavra que eu creio ser melhor do que acomodação.
Por outro lado, se houver 100% de diferença, ainda sob um ponto de vista limitado, haverá discórdia e caos. Imaginar exemplos dessa situação é muito fácil, portanto vou economizar palavras...
Entretanto a diferença gera crescimento, conhecimento, gera evolução e revolução. Diferença é fundamental ! Sem diferença caímos no abismo da invariância.
Claro que alguém vai pensar - ora, mas não existe ninguém totalmente igual ou totalmente diferente - mas algumas diferenças se mostram tão enraizadas em nosso imo que dificilmente serão alteradas por qualquer força externa. Sendo assim, podemos deixá-las de fora dessa dinâmica social sem grandes prejuízos.
Conviver é de certa forma uma sequência de negociações que paulatinamente transformam diferenças em semelhanças. Pouco a pouco, um casal converge para consensos, esses últimos uma busca muito frequentemente inconsciente por prazer, pelo prazer de ser compreendido enquanto ser humano.
Uma convivência contínua vai, então, aparando arestas, resolvendo conflitos, construindo portos seguros, alinhando corpos, mentes e espíritos.
Qual é o limite desse processo ? Acredito que se deixarmos o sistema livre, sem nenhuma força agindo sob o mesmo, o fim é a semelhança total ou quase total.
Para evitar esse "desastre" eu imaginei um ciclo, que se empregado de maneira consciente e constante cria uma relação eterna de bem aventurança.
Diferença -> Semelhança -> Prazer -> Busca -> Conhecimento -> Diferença
Meio= amor
Catalisadores= comprometimento, entrega, admiração, QI e QE.
Enfim, esse é o meu critério !
Saudações fraternais,
Fabio Machado
Às vezes é algo natural, inato, que pode ser tão simples quanto olhos azuis, mas também pode ser algo desenvolvido, tão complexo quanto inteligência emocional. Em qualquer caso, não deixa de ser parte do nosso eu e é isso que vale.
Penso que os nossos prós são além de uma necessidade pessoal, uma questão de sobrevivência social. Queiremos ou não, estamos no meio de uma competição, onde mesmo quem não quer competir e/ou não gosta do jogo é quase obrigado a participar, afinal, não podemos deixar os vírus vencerem ! (Quem não assistiu o filme Matrix peça ajuda aos Universitários)
Diante desse contexto, como podemos identificar um possível parceiro(a) ? Excluindo o amor à primeira vista, que pode ser um tema no futuro, todo mundo precisa de um critério. Até não ter critério é um critério !
Eu tenho uma teoria, que eu batizei de Diferença x Semelhança que foi moldada dentro de mim anos atrás inconscientemente e hoje busco vivê-la na prática.
Convenhamos, semelhança é o que nos dá prazer ! Quando nos sentimos compreendidos, quando nos vemos diante de uma pessoa que continuamente é capaz de sentir o que você sente, gostar do que você gosta e buscar o que você busca é fantástico ! Na minha opinião, sintonia mental, emocional, espiritual e sexual é essencial ! Só não me atrevo a dizer qual é a mais importante...
Entretanto, se houver 100% de semelhança, numa análise bem vulgar, não há individualidade ! Você morreu ! Seria como estar num carro em movimento sem motorista e sem piloto automático.
Você olha pro(a) outro(a) e, como se estivesse de frente pra um espelho, se vê. De uma forma estranha o prazer é aos poucos substituído pela indiferença e pela inércia, palavra que eu creio ser melhor do que acomodação.
Por outro lado, se houver 100% de diferença, ainda sob um ponto de vista limitado, haverá discórdia e caos. Imaginar exemplos dessa situação é muito fácil, portanto vou economizar palavras...
Entretanto a diferença gera crescimento, conhecimento, gera evolução e revolução. Diferença é fundamental ! Sem diferença caímos no abismo da invariância.
Claro que alguém vai pensar - ora, mas não existe ninguém totalmente igual ou totalmente diferente - mas algumas diferenças se mostram tão enraizadas em nosso imo que dificilmente serão alteradas por qualquer força externa. Sendo assim, podemos deixá-las de fora dessa dinâmica social sem grandes prejuízos.
Conviver é de certa forma uma sequência de negociações que paulatinamente transformam diferenças em semelhanças. Pouco a pouco, um casal converge para consensos, esses últimos uma busca muito frequentemente inconsciente por prazer, pelo prazer de ser compreendido enquanto ser humano.
Uma convivência contínua vai, então, aparando arestas, resolvendo conflitos, construindo portos seguros, alinhando corpos, mentes e espíritos.
Qual é o limite desse processo ? Acredito que se deixarmos o sistema livre, sem nenhuma força agindo sob o mesmo, o fim é a semelhança total ou quase total.
Para evitar esse "desastre" eu imaginei um ciclo, que se empregado de maneira consciente e constante cria uma relação eterna de bem aventurança.
Diferença -> Semelhança -> Prazer -> Busca -> Conhecimento -> Diferença
Meio= amor
Catalisadores= comprometimento, entrega, admiração, QI e QE.
Enfim, esse é o meu critério !
Saudações fraternais,
Fabio Machado
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Plantão Verso e Prosa
Essa semana eu estou trabalhando em São Paulo, mais precisamente em Cubatão. Vim acompanhar o trabalho de um alemão e aprender sobre o equipamento fabricado pela empresa dele, que é representada pela minha empresa.
Eu só atraio "maluco" e nesse caso não podia ser diferente. Como os opostos se atraem isso significa que eu sou "normal"... O camarada é muito interessante, totalmente diferente da maioria dos germânicos que conheço. Entre outras coisas, já conversamos sobre filosofia, ciência, política, incluindo nazismo, socialismo, capitalismo, vida e morte, drogas... Muito rica a experiência !
Mas isso representa a menor parte do tempo. Estive trabalhando quatorze horas por dia e o cansaço não me permitiu atualizar o blog. Tenho pelo menos dois posts parcialmente escritos e minha expectativa é concluí-los no final de semana. Recebi três mensagens perguntando se eu continuaria a escrever e acho que isso significa que tem gente gostando. Não se preocupem, eu vou continuar a escrever !
Nesse meio tempo eu fui apresentado a um outro blog, por sinal muito interessante, leve e útil. Ele é de uma amiga de um amigo meu chamada Raquel Oliveira.
O blog dela não tem nada a ver com o meu, mas eu recomendo fortemente. O endereço é: http://www.raquelcomblog.blogspot.com/.
Aos poucos estou conhecendo mais sobre o universo "blogueiro" e em breve vou começar a implementar algumas ferramentas legais como o SEGUIDOR, que permite que os leitores se cadastrem e sejam avisados das novas postagens.
Até breve !
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
Eu só atraio "maluco" e nesse caso não podia ser diferente. Como os opostos se atraem isso significa que eu sou "normal"... O camarada é muito interessante, totalmente diferente da maioria dos germânicos que conheço. Entre outras coisas, já conversamos sobre filosofia, ciência, política, incluindo nazismo, socialismo, capitalismo, vida e morte, drogas... Muito rica a experiência !
Mas isso representa a menor parte do tempo. Estive trabalhando quatorze horas por dia e o cansaço não me permitiu atualizar o blog. Tenho pelo menos dois posts parcialmente escritos e minha expectativa é concluí-los no final de semana. Recebi três mensagens perguntando se eu continuaria a escrever e acho que isso significa que tem gente gostando. Não se preocupem, eu vou continuar a escrever !
Nesse meio tempo eu fui apresentado a um outro blog, por sinal muito interessante, leve e útil. Ele é de uma amiga de um amigo meu chamada Raquel Oliveira.
O blog dela não tem nada a ver com o meu, mas eu recomendo fortemente. O endereço é: http://www.raquelcomblog.blogspot.com/.
Aos poucos estou conhecendo mais sobre o universo "blogueiro" e em breve vou começar a implementar algumas ferramentas legais como o SEGUIDOR, que permite que os leitores se cadastrem e sejam avisados das novas postagens.
Até breve !
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
domingo, 2 de novembro de 2008
Comemorando bodas de hidrogênio
Hoje faz seis dias que o meu blog foi inaugurado e há motivos para comemorar ! Lembrem-se que o universo é meu e aqui eu crio as leis. Hoje celebro bodas de hidrogênio !
A receptividade foi inimaginável e felizmente muito boa. Era impossível prever que pessoas desconhecidas iriam ler minhas palavras despretenciosas e mais ainda, se identificariam com elas.
Claro que não é só de glórias que vive o soldado e nesse pouco tempo de vida meu diário já criou polêmica e suscitou críticas. Já me disseram que os textos são muito rebuscados, longos e às vezes incompreensíveis.
Quem me conhece sabe que eu não sou uma pessoa de leitura fácil. Sou um viajante que busca a simplicidade a partir da complexidade e, portanto, se fosse simples interpretar minhas frases elas não seriam tão verdadeiras. Isso é inquestionável !
Além disso, esse lance de linguagem acessível é coisa pra político populista e como isso aqui não é ferramenta de marketing viral, eu entendo que o meu compromisso é antes de tudo comigo mesmo. Se não for assim não é autêntico !
Na minha opinião não existem palavras fáceis ou difíceis, apenas conhecidas e desconhecidas e cabe ao leitor definir o seu grau de interesse pelos assuntos e buscar suas próprias respostas. Quem quiser pode me perguntar, como alguns já fizeram.
Ademais, o tamanho do meu universo mental é infinito e resumir meus pensamentos como tenho feito é uma tarefa árdua. Prefiro acreditar que as pessoas estão sem tempo de ler do que imaginar que elas se afastaram tanto da leitura que só sobrou paciência para absorver mensagens mais "mastigadas" e prosaicas como as veiculadas em alguns programas de televisão. Nada contra, mas apesar da TV não "emburrecer", ela entorpece, pois na maioria dos casos não querem que pensemos !
Ficaria muito feliz se minhas reflexões contestáveis fossem contestadas, porque ao serem, estariam provocando a reflexão dos contestadores, ou seja, algum tipo de busca.
Como eu já disse, aqui estou sempre falando de mim e das minhas percepções e opiniões. Os comentários dos leitores são o único contato entre os meus registros virtuais e o mundo real.
Hoje eu descobri que um amigo, alguém que eu considero inteligente, não interpretou como eu queria um trecho de um post e era uma passagem importante. Como eu entendo que a responsabilidade maior sobre uma comunicação é do transmissor, sinto-me obrigado a esclarecer o mal entendido.
EU NÃO ESTOU PEDINDO SOCORRO ATRAVÉS DO BLOG. Num dado texto, o que eu quis dizer foi que preciso de desfecho, mas que muitas vezes me reprimo e acabo não o exigindo por inúmeras razões. Se nessas situações alguém perceber minha necessidade e puder me ajudar, ajude ! Só isso...
Pra finalizar, quero dizer que um grande amigo meu disse que também vai criar um diário como esse, mas ele estranhamente os chama de "Belogs". Eu acho isso ótimo, mas eu espero que esse nome não seja uma homenagem íntima e homossexual a um sujeito chamado Bernardão, por um único motivo: esse meu amigo é casado e seria falta de respeito com a esposa dele. E tenho dito !
Aguardem o post de amanhã. Ele será muito interessante.
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
A receptividade foi inimaginável e felizmente muito boa. Era impossível prever que pessoas desconhecidas iriam ler minhas palavras despretenciosas e mais ainda, se identificariam com elas.
Claro que não é só de glórias que vive o soldado e nesse pouco tempo de vida meu diário já criou polêmica e suscitou críticas. Já me disseram que os textos são muito rebuscados, longos e às vezes incompreensíveis.
Quem me conhece sabe que eu não sou uma pessoa de leitura fácil. Sou um viajante que busca a simplicidade a partir da complexidade e, portanto, se fosse simples interpretar minhas frases elas não seriam tão verdadeiras. Isso é inquestionável !
Além disso, esse lance de linguagem acessível é coisa pra político populista e como isso aqui não é ferramenta de marketing viral, eu entendo que o meu compromisso é antes de tudo comigo mesmo. Se não for assim não é autêntico !
Na minha opinião não existem palavras fáceis ou difíceis, apenas conhecidas e desconhecidas e cabe ao leitor definir o seu grau de interesse pelos assuntos e buscar suas próprias respostas. Quem quiser pode me perguntar, como alguns já fizeram.
Ademais, o tamanho do meu universo mental é infinito e resumir meus pensamentos como tenho feito é uma tarefa árdua. Prefiro acreditar que as pessoas estão sem tempo de ler do que imaginar que elas se afastaram tanto da leitura que só sobrou paciência para absorver mensagens mais "mastigadas" e prosaicas como as veiculadas em alguns programas de televisão. Nada contra, mas apesar da TV não "emburrecer", ela entorpece, pois na maioria dos casos não querem que pensemos !
Ficaria muito feliz se minhas reflexões contestáveis fossem contestadas, porque ao serem, estariam provocando a reflexão dos contestadores, ou seja, algum tipo de busca.
Como eu já disse, aqui estou sempre falando de mim e das minhas percepções e opiniões. Os comentários dos leitores são o único contato entre os meus registros virtuais e o mundo real.
Hoje eu descobri que um amigo, alguém que eu considero inteligente, não interpretou como eu queria um trecho de um post e era uma passagem importante. Como eu entendo que a responsabilidade maior sobre uma comunicação é do transmissor, sinto-me obrigado a esclarecer o mal entendido.
EU NÃO ESTOU PEDINDO SOCORRO ATRAVÉS DO BLOG. Num dado texto, o que eu quis dizer foi que preciso de desfecho, mas que muitas vezes me reprimo e acabo não o exigindo por inúmeras razões. Se nessas situações alguém perceber minha necessidade e puder me ajudar, ajude ! Só isso...
Pra finalizar, quero dizer que um grande amigo meu disse que também vai criar um diário como esse, mas ele estranhamente os chama de "Belogs". Eu acho isso ótimo, mas eu espero que esse nome não seja uma homenagem íntima e homossexual a um sujeito chamado Bernardão, por um único motivo: esse meu amigo é casado e seria falta de respeito com a esposa dele. E tenho dito !
Aguardem o post de amanhã. Ele será muito interessante.
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
sábado, 1 de novembro de 2008
O Caminho de São Sebastião do Cais do Porto - parte II
Eu já percebi que escritor tem que ser muito esperto, principalmente escritor "de araque", porque o leitor é muitas vezes preguiçoso, impaciente, intolerante... Pensando nisso eu dividi esse "post" em duas partes. Vamos à segunda !
Uma hora a festa tem que acabar... e no meu caso eu não sei nem se ela começou. O evento foi irônico, satírico, "Nelson Rodrigues", enfim, a vida como ela é.
Fui embora sozinho, mas antes de pensar em como, eu resolvi tentar resgatar o pouco de Chi que ainda restava no meu corpo. Estava no fim da reserva !
Porém, contudo, entretanto, todavia, o "espírito russo" ainda dominava minha mente e eu me vi num boteco (aquele original do ovo colorido) pedindo um caldo de cana e um queijo quente. Aqui era o espaço perfeito pra um palavrão, porque vai ser burro assim lá no...
Entubei a gororoba e quando saí do "estabelecimento" pensei: como eu vou pra casa ?
Esse foi um momento fundamental. Eu estava exausto, doente e triste, precisando restabelecer o meu prumo. Simplesmente comecei a andar e depois dos primeiros passos vieram outros e mais outros e quando eu me dei conta estava caminhando na direção da minha casa.
Ao me desligar temporariamente do meu eu e prestar atenção à minha volta, eu me deparei com um cenário surpreendente. Eu estava no meu Caminho de Santiago de Compostela, que hoje batizei com o nome que dá título ao post.
Pra quem não sabe esse é um caminho famoso de peregrinação espiritual, onde as pessoas vão em busca...
Todos os elementos estavam lá, o medo, a dor, a dúvida, o silêncio, o vazio, a tentação, a luz e as trevas, incluindo as trevas por falta de iluminação pública !
A cada passo que eu dava meu coração batia mais forte. A morte estava à espreita. Era tentado e testado a todo momento e por um instante vacilei e cheguei a achar que existia uma única diferença entre o cais do porto e a capital da Galiza; a ausência de Deus. O grande arquiteto parecia ter abandonado aquele lugar e o relegado às profundezas do inferno. Adjetivá-lo com uma única palavra é simples: nefasto.
Os quarteirões iam passando e chorando por dentro eu pedi que estivesse errado, que algo abrisse meus olhos para a impossibilidade do abandono divino. Segui em frente, enfrentando todos os meus mostros, um de cada vez.
Em meio ao trajeto, imagens de desgraça se sucediam, transformando o pessimismo de Schopenhauer em possibilidade, até que num canto escuro, em meio ao relento, percebi uma forma destoante. Meio ressabiado, já fora da calçada, parei para entender o que era.
Sentado e curvado como se fosse um feto, estava um senhor idoso, coberto de pelos brancos e rugas profundas, severamente marcado pela adversidade. Na verdade, demorei pra formalizar a idéia de que realmente se tratava de alguém como eu.
Mantive-me longe e fui adiante, mas aquele rosto, aquela visão não morriam de jeito nenhum. Ao contrário, continuavam vivos, como se de repente o relógio da vida tivesse parado. Não tinha sido simplesmente mais um momento...
Como um relâmpago, uma faísca de luz que nasce e morre no vazio, senti a presença de Deus. Aquela alma cansada não estava ali à toa. Era a personificação da minha fé ! Entendi naquele instante que eu e qualquer criação mental advinda desse eu não tinham a menor importância, mas por outro lado, compreendi que TUDO está conectado de uma maneira tão holística, que é impossível a fragmentação da vida.
Deus não pode estar morto ! A morte do criador implica a morte de todos nós e de todo o cosmos, a renúncia total, a não existência, o nada.
Não posso provar que eu existo, mas preciso acreditar que sim. Se eu existo, Deus existe !
Dei meia volta, me aproximei do velho, toquei-o e, em total paz comigo mesmo, lhe ofereci ajuda.
Assustado com a minha presença, ele se protegeu e quando finalmente se sentiu seguro, recusou minha oferta. Como todo bom jovem, tolo, ignorante e despreparado para a sublimidade do amor, eu insisti e sacando a minha carteira do bolso, presenteei-o com quase todo o meu dinheiro. O homem, então, dizendo que estava tudo bem, recusou novamente. Chorei por fora, copiosamente.
Uma hora depois eu cheguei em casa, inchado e ressuscitado.
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
Uma hora a festa tem que acabar... e no meu caso eu não sei nem se ela começou. O evento foi irônico, satírico, "Nelson Rodrigues", enfim, a vida como ela é.
Fui embora sozinho, mas antes de pensar em como, eu resolvi tentar resgatar o pouco de Chi que ainda restava no meu corpo. Estava no fim da reserva !
Porém, contudo, entretanto, todavia, o "espírito russo" ainda dominava minha mente e eu me vi num boteco (aquele original do ovo colorido) pedindo um caldo de cana e um queijo quente. Aqui era o espaço perfeito pra um palavrão, porque vai ser burro assim lá no...
Entubei a gororoba e quando saí do "estabelecimento" pensei: como eu vou pra casa ?
Esse foi um momento fundamental. Eu estava exausto, doente e triste, precisando restabelecer o meu prumo. Simplesmente comecei a andar e depois dos primeiros passos vieram outros e mais outros e quando eu me dei conta estava caminhando na direção da minha casa.
Ao me desligar temporariamente do meu eu e prestar atenção à minha volta, eu me deparei com um cenário surpreendente. Eu estava no meu Caminho de Santiago de Compostela, que hoje batizei com o nome que dá título ao post.
Pra quem não sabe esse é um caminho famoso de peregrinação espiritual, onde as pessoas vão em busca...
Todos os elementos estavam lá, o medo, a dor, a dúvida, o silêncio, o vazio, a tentação, a luz e as trevas, incluindo as trevas por falta de iluminação pública !
A cada passo que eu dava meu coração batia mais forte. A morte estava à espreita. Era tentado e testado a todo momento e por um instante vacilei e cheguei a achar que existia uma única diferença entre o cais do porto e a capital da Galiza; a ausência de Deus. O grande arquiteto parecia ter abandonado aquele lugar e o relegado às profundezas do inferno. Adjetivá-lo com uma única palavra é simples: nefasto.
Os quarteirões iam passando e chorando por dentro eu pedi que estivesse errado, que algo abrisse meus olhos para a impossibilidade do abandono divino. Segui em frente, enfrentando todos os meus mostros, um de cada vez.
Em meio ao trajeto, imagens de desgraça se sucediam, transformando o pessimismo de Schopenhauer em possibilidade, até que num canto escuro, em meio ao relento, percebi uma forma destoante. Meio ressabiado, já fora da calçada, parei para entender o que era.
Sentado e curvado como se fosse um feto, estava um senhor idoso, coberto de pelos brancos e rugas profundas, severamente marcado pela adversidade. Na verdade, demorei pra formalizar a idéia de que realmente se tratava de alguém como eu.
Mantive-me longe e fui adiante, mas aquele rosto, aquela visão não morriam de jeito nenhum. Ao contrário, continuavam vivos, como se de repente o relógio da vida tivesse parado. Não tinha sido simplesmente mais um momento...
Como um relâmpago, uma faísca de luz que nasce e morre no vazio, senti a presença de Deus. Aquela alma cansada não estava ali à toa. Era a personificação da minha fé ! Entendi naquele instante que eu e qualquer criação mental advinda desse eu não tinham a menor importância, mas por outro lado, compreendi que TUDO está conectado de uma maneira tão holística, que é impossível a fragmentação da vida.
Deus não pode estar morto ! A morte do criador implica a morte de todos nós e de todo o cosmos, a renúncia total, a não existência, o nada.
Não posso provar que eu existo, mas preciso acreditar que sim. Se eu existo, Deus existe !
Dei meia volta, me aproximei do velho, toquei-o e, em total paz comigo mesmo, lhe ofereci ajuda.
Assustado com a minha presença, ele se protegeu e quando finalmente se sentiu seguro, recusou minha oferta. Como todo bom jovem, tolo, ignorante e despreparado para a sublimidade do amor, eu insisti e sacando a minha carteira do bolso, presenteei-o com quase todo o meu dinheiro. O homem, então, dizendo que estava tudo bem, recusou novamente. Chorei por fora, copiosamente.
Uma hora depois eu cheguei em casa, inchado e ressuscitado.
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
O Caminho de São Sebastião do Cais do Porto - parte I
Eu tenho vários amigos que aguardam ansiosamente que eu saia do armário e me declare homossexual, mas para o bem de todos e felicidade geral da nação heterossexual, digo a todos que fico ! Fico dentro do armário, é claro, no máximo com uma outra mulher interessante. Cá entre nós, a idéia de uma barbinha roçando no pescoço ou de um "abraço do amigo urso peludo" não me atrai. I'm sorry ! Entre viver com a mulher que eu amo ou com um "macho", é ela ou o monastério.
Apesar disso, ontem eu fui numa boite GLS. Eu tenho um lado "gay" no sentido americano da palavra, que sugere alegria, espontaneidade, bom humor... Havia explicitamente poucos "G" e "L" e aparentemente muitos anti "S", mas a minha percepção aqui é irrelevante. Não esperem uma estória sórdida, porque ela não aconteceu, mas aguardem um relato muito especial. Vamos ao "post".
Ontem eu estava triste. É muito ruim quando você dá tudo de si pra resolver um problema, se empenha ao extremo, usa todas as suas inteligências e faz o máximo que o contexto permite e mesmo assim sai derrotado, ou melhor, sente-se derrotado. Pior ainda é quando não há um desfecho, porque quando há um fim, mesmo que desagradável, a derrota fortalece, mas quando não há, o troço vai continuar a te assombrar não se sabe até quando. O meu lado engenheiro, solucionador, detesta essa situação e o meu lado "feminino", que é gay, mas existe e é muito presente, sofre mais ainda de desgosto.
Portanto, se você leitor um dia me vir diante de um embate e puder de alguma maneira me ajudar a enxergar um desfecho ou me dar um, faça-o, mesmo que eu não peça socorro. Eu preciso disso, mas tenho mania de escrever S.O.S. só na minha alma !
O blog, nesse contexto, é uma busca por mudança...
O lado bom dessa estória é que eu tinha um punhado de problemas pendentes e ao final da tarde só não consegui resolver um.
Convenhamos, ninguém merece ficar chateado sexta-feira à noite. Pra contrabalancear, eu sabia que ao chegar na festa de um amigo a alegria estaria no ar e seria só sorvê-la à vontade, junto com uma cervejinha, óbvio. Foi exatamente isso que aconteceu e só saí de lá pra ir pra outra festa...
Quando eu cheguei no "campo de batalha" a declaração de guerra já estava sendo assinada e o que me veio à cabeça foi: vou precisar de drogas pesadas pra suportar o stress !
Entrei no bunker, apreensivo. Havia muito barulho, mas pouco movimento. Acho que era cedo e os "guerreiros" ainda estavam se preparando...
Avistei um "traficante" e fui em sua direção. Pedi o cardápio.
O entorpecente escolhido foi vodka com energético, porque era "Absolutamente" necessário "ganhar asas" e voar longe. (Por favor, os que entenderem essa última oração expliquem pros que não entenderem).
Decolei e fui alto, bem alto. Acreditem, era indispensável pilotar agressivamente por motivos explícitos e implícitos. Só não naufraguei porque tinha um co-piloto dividindo as irresponsabilidades.
Enfim, estava ali sem mapa, sem rota, caminhando contra o vento, com medo e sem documento. Praticamente a única coisa que valia a pena eram as pessoas da cabine de comando e alguns passageiros que passaram pra nos visitar. Obrigado !
Apesar disso, ontem eu fui numa boite GLS. Eu tenho um lado "gay" no sentido americano da palavra, que sugere alegria, espontaneidade, bom humor... Havia explicitamente poucos "G" e "L" e aparentemente muitos anti "S", mas a minha percepção aqui é irrelevante. Não esperem uma estória sórdida, porque ela não aconteceu, mas aguardem um relato muito especial. Vamos ao "post".
Ontem eu estava triste. É muito ruim quando você dá tudo de si pra resolver um problema, se empenha ao extremo, usa todas as suas inteligências e faz o máximo que o contexto permite e mesmo assim sai derrotado, ou melhor, sente-se derrotado. Pior ainda é quando não há um desfecho, porque quando há um fim, mesmo que desagradável, a derrota fortalece, mas quando não há, o troço vai continuar a te assombrar não se sabe até quando. O meu lado engenheiro, solucionador, detesta essa situação e o meu lado "feminino", que é gay, mas existe e é muito presente, sofre mais ainda de desgosto.
Portanto, se você leitor um dia me vir diante de um embate e puder de alguma maneira me ajudar a enxergar um desfecho ou me dar um, faça-o, mesmo que eu não peça socorro. Eu preciso disso, mas tenho mania de escrever S.O.S. só na minha alma !
O blog, nesse contexto, é uma busca por mudança...
O lado bom dessa estória é que eu tinha um punhado de problemas pendentes e ao final da tarde só não consegui resolver um.
Convenhamos, ninguém merece ficar chateado sexta-feira à noite. Pra contrabalancear, eu sabia que ao chegar na festa de um amigo a alegria estaria no ar e seria só sorvê-la à vontade, junto com uma cervejinha, óbvio. Foi exatamente isso que aconteceu e só saí de lá pra ir pra outra festa...
Quando eu cheguei no "campo de batalha" a declaração de guerra já estava sendo assinada e o que me veio à cabeça foi: vou precisar de drogas pesadas pra suportar o stress !
Entrei no bunker, apreensivo. Havia muito barulho, mas pouco movimento. Acho que era cedo e os "guerreiros" ainda estavam se preparando...
Avistei um "traficante" e fui em sua direção. Pedi o cardápio.
O entorpecente escolhido foi vodka com energético, porque era "Absolutamente" necessário "ganhar asas" e voar longe. (Por favor, os que entenderem essa última oração expliquem pros que não entenderem).
Decolei e fui alto, bem alto. Acreditem, era indispensável pilotar agressivamente por motivos explícitos e implícitos. Só não naufraguei porque tinha um co-piloto dividindo as irresponsabilidades.
Enfim, estava ali sem mapa, sem rota, caminhando contra o vento, com medo e sem documento. Praticamente a única coisa que valia a pena eram as pessoas da cabine de comando e alguns passageiros que passaram pra nos visitar. Obrigado !
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Obstáculos à Felicidade I - Nós mesmos
Alguns podem pensar que eu fiquei maluco e por isso estou escrevendo esse blog, mas ao contrário disso escrevo-o para não "pirar na batatinha". Vivendo na era da informação já somos naturalmente compelidos a absorver (quero esse verbo intransitivo) e eu mais ainda, pois possuo em minha natureza um sentimento de busca incessante, sobretudo por sabedoria. Às vezes encho o saco, então eu ligo a televisão.
Pra complicar mais ainda, encontro poucas oportunidades para aliviar a pressão que todo esse conteúdo cria. Parece-me que as pessoas perderam a paciência pra conversar, desaprenderam, ou sei lá o que... Qualquer diálogo tem um viés negociatório, onde cada um luta para que sua verdade saia vencedora, ou seja, vivemos sucessivas negociações distributivas e não é à toa que muitos somos péssimos negociadores ! Esquecemos que é a partir da diferença que crescemos e o que eu mais quero é que as pessoas sejam diferentes, mas sendo ao mesmo tempo consistentes e pacientes... Bem, esse é assunto pra outro "post".
Existem vários obstáculos à felicidade sendo o principal deles o próprio Homem. Quando digo obstáculo, quero dizer uma dificuldade e não uma barreira intransponível, portanto entendo que esses contratempos podem e devem ser superados.
Mantendo uma coerência necessária com meu texto inaugural, penso realmente que ser feliz é uma questão de escolha, mas talvez não seja possível para todos. Não escolhemos ser felizes por muitas razões e vou escrever sobre algumas delas.
Frequentemente confundimos ou interpretamos felicidade como alegria... O principal problema dessa associação é que tristeza passa a ser o oposto de felicidade e como todos nós ficamos tristes por vezes, a vida se torna uma roda gigante, instável e de sentido imprevisível. Surge, então, um natural impulso de refutarmos essa tristeza para que fiquemos somente com a felicidade, mas ao perceber que esse controle é impossível, ficaremos tristes novamente. Logo, penso que a tristeza apenas faz parte da vida e mais ainda, faz parte da felicidade. Dentro do meu entendimento, procuro e sempre encontro um lado bom e consequentemente feliz em qualquer evento, mesmo nos tristes. Acima de tudo, isso me lembra que eu sou feliz mesmo que eu esteja triste e isso, sim, me traz alegria.
Mesmo os que consideram a felicidade como um estado de espírito às vezes não se comprometem com a sua busca. Ser feliz não é algo que se alcança, mas algo que se persegue. Parou, perdeu, "playboy" !
Outra grande dificuldade é quando enxergamos a felicidade num elemento mundano qualquer, como por exemplo drogas, comida, esporte, profissão, religião... Nem preciso dizer que isso pra mim não faz o menor sentido, porque por mais tentador e prazeroso que esse objeto possa ser, se ele desaparece ou não se sustenta, a felicidade simplesmente se esvai. Entre esses elementos supracitados, o mais comum é que ele seja outra pessoa. Transformamo-la automaticamente num herói, que salvará nossa vida e nos trará a felicidade eterna. Ledo engano !
Sinto lhes dizer que o máximo que encontraremos são "Batmans" e "Batwomans", que podem até ter dinheiro, mas certamente não têm o maravilhoso "cinto de utilidades". Parece, então, que alguns psicanalistas estavam certos quando disseram que todos nós temos traumas, heróis ou não.
Além da paródia que será a imagem burlesca do herói sombrio e falível, temos que nos afastar da ilusão dos contos de fadas, se estes são compreendidos literalmente como descritos nos livros.
Creio que os escritores queriam que nós percebêssemos ao ler estórias como a da Branca de Neve que elas são tão possíveis quanto reais, mas que essa realidade fundamental só se manifesta quando entendemos que "Branca de Neve" certamente ficava de saco cheio daquele anão rabugento e surtou furiosa quando a carruagem virou abóbora. O príncipe se sentiu atraído pela segunda moçoila em quem testou o sapato de cristal, foi seduzido pela quinta e entrou em depressão depois da décima primeira tentativa fracassada. Esses episódios foram relegados à criatividade dos leitores, porque o importante é que os dois acreditaram no amor e seguiram em frente, em meio a erros e acertos, caindo e levantando, mas sempre fiéis à sua fé, à fé no amor. Por isso, e só por isso, eles viveram felizes para sempre !
Finalmente, o que mais me atrapalha na busca da minha felicidade são os infelizes, aqueles que sequer têm consciência do próprio direito de escolha, do próprio livre-arbítrio. Esses entes obviamente dão sentido à felicidade, porque ela só existe porque eles não a são. Entretanto, até hoje fui incapaz de pensar num sistema filosófico que me convença de maneira satisfatória do porquê dessa aparente parcialidade da vida.
Se não fosse a minha fé eu diria, e já disse, que ser feliz é impossível. Aliás, fé foi o que faltou a Nietzsche, porque Deus não pode estar morto... daqui nascerá um futuro "post".
Para não ficar dúvida... fé e crença na minha opinião são obviamente conceitos diferentes, aliás, fé é o elemento mais importante da vida, porque é o que nos conecta com alguma "coisa" além dela, sem que precisemos entendê-la (essa "coisa") ou até mesmo percebê-la. Posso chamá-la de conjunção divina.
Ela também tem uma outra característica interessante que é a não dualidade. Estamos todos cercados de duplas, como bem e mal, certo e errado, crença e descrença... mas a fé não possui oposto óbvio e desde que pensei nisso eu me pergunto: por que ? Se não fossem as horas inúteis que eu passo pensando no futuro eu já teria descoberto !
Saudações fraternais.
Fabio Machado.
Pra complicar mais ainda, encontro poucas oportunidades para aliviar a pressão que todo esse conteúdo cria. Parece-me que as pessoas perderam a paciência pra conversar, desaprenderam, ou sei lá o que... Qualquer diálogo tem um viés negociatório, onde cada um luta para que sua verdade saia vencedora, ou seja, vivemos sucessivas negociações distributivas e não é à toa que muitos somos péssimos negociadores ! Esquecemos que é a partir da diferença que crescemos e o que eu mais quero é que as pessoas sejam diferentes, mas sendo ao mesmo tempo consistentes e pacientes... Bem, esse é assunto pra outro "post".
Existem vários obstáculos à felicidade sendo o principal deles o próprio Homem. Quando digo obstáculo, quero dizer uma dificuldade e não uma barreira intransponível, portanto entendo que esses contratempos podem e devem ser superados.
Mantendo uma coerência necessária com meu texto inaugural, penso realmente que ser feliz é uma questão de escolha, mas talvez não seja possível para todos. Não escolhemos ser felizes por muitas razões e vou escrever sobre algumas delas.
Frequentemente confundimos ou interpretamos felicidade como alegria... O principal problema dessa associação é que tristeza passa a ser o oposto de felicidade e como todos nós ficamos tristes por vezes, a vida se torna uma roda gigante, instável e de sentido imprevisível. Surge, então, um natural impulso de refutarmos essa tristeza para que fiquemos somente com a felicidade, mas ao perceber que esse controle é impossível, ficaremos tristes novamente. Logo, penso que a tristeza apenas faz parte da vida e mais ainda, faz parte da felicidade. Dentro do meu entendimento, procuro e sempre encontro um lado bom e consequentemente feliz em qualquer evento, mesmo nos tristes. Acima de tudo, isso me lembra que eu sou feliz mesmo que eu esteja triste e isso, sim, me traz alegria.
Mesmo os que consideram a felicidade como um estado de espírito às vezes não se comprometem com a sua busca. Ser feliz não é algo que se alcança, mas algo que se persegue. Parou, perdeu, "playboy" !
Outra grande dificuldade é quando enxergamos a felicidade num elemento mundano qualquer, como por exemplo drogas, comida, esporte, profissão, religião... Nem preciso dizer que isso pra mim não faz o menor sentido, porque por mais tentador e prazeroso que esse objeto possa ser, se ele desaparece ou não se sustenta, a felicidade simplesmente se esvai. Entre esses elementos supracitados, o mais comum é que ele seja outra pessoa. Transformamo-la automaticamente num herói, que salvará nossa vida e nos trará a felicidade eterna. Ledo engano !
Sinto lhes dizer que o máximo que encontraremos são "Batmans" e "Batwomans", que podem até ter dinheiro, mas certamente não têm o maravilhoso "cinto de utilidades". Parece, então, que alguns psicanalistas estavam certos quando disseram que todos nós temos traumas, heróis ou não.
Além da paródia que será a imagem burlesca do herói sombrio e falível, temos que nos afastar da ilusão dos contos de fadas, se estes são compreendidos literalmente como descritos nos livros.
Creio que os escritores queriam que nós percebêssemos ao ler estórias como a da Branca de Neve que elas são tão possíveis quanto reais, mas que essa realidade fundamental só se manifesta quando entendemos que "Branca de Neve" certamente ficava de saco cheio daquele anão rabugento e surtou furiosa quando a carruagem virou abóbora. O príncipe se sentiu atraído pela segunda moçoila em quem testou o sapato de cristal, foi seduzido pela quinta e entrou em depressão depois da décima primeira tentativa fracassada. Esses episódios foram relegados à criatividade dos leitores, porque o importante é que os dois acreditaram no amor e seguiram em frente, em meio a erros e acertos, caindo e levantando, mas sempre fiéis à sua fé, à fé no amor. Por isso, e só por isso, eles viveram felizes para sempre !
Finalmente, o que mais me atrapalha na busca da minha felicidade são os infelizes, aqueles que sequer têm consciência do próprio direito de escolha, do próprio livre-arbítrio. Esses entes obviamente dão sentido à felicidade, porque ela só existe porque eles não a são. Entretanto, até hoje fui incapaz de pensar num sistema filosófico que me convença de maneira satisfatória do porquê dessa aparente parcialidade da vida.
Se não fosse a minha fé eu diria, e já disse, que ser feliz é impossível. Aliás, fé foi o que faltou a Nietzsche, porque Deus não pode estar morto... daqui nascerá um futuro "post".
Para não ficar dúvida... fé e crença na minha opinião são obviamente conceitos diferentes, aliás, fé é o elemento mais importante da vida, porque é o que nos conecta com alguma "coisa" além dela, sem que precisemos entendê-la (essa "coisa") ou até mesmo percebê-la. Posso chamá-la de conjunção divina.
Ela também tem uma outra característica interessante que é a não dualidade. Estamos todos cercados de duplas, como bem e mal, certo e errado, crença e descrença... mas a fé não possui oposto óbvio e desde que pensei nisso eu me pergunto: por que ? Se não fossem as horas inúteis que eu passo pensando no futuro eu já teria descoberto !
Saudações fraternais.
Fabio Machado.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Felicitações aos políticos eleitos
Começa agora uma nova jornada em vossas vidas políticas. Será preciso ser cauteloso em seus atos e no que acreditam ser correto. Será imperativo agir com equilíbrio, prudência e humanidade, para que a confiança excessiva não os torne incautos e a desconfiança imponderada não os faça intolerantes.
Podemos suportar a adversidade, mas é pelo poder que provamos o caráter de um cristão, que perpetua na retidão, mesmo que não haja quem a certifique.
A constante preocupação de vossas senhorias não devem ser os gritos dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos inidôneos, dos amorais, mas sim o silêncio dos bons, pois há entre nós aqueles que enlouqueceram por quererem ser muito, mas não há um só que tenha caído em devaneios por querer ser bom.
Outrossim, procurem conhecer o inimigo e mantenham com este uma relação essencialmente amistosa, pois entre outras coisas, sempre há a possibilidade de que algum dia ele se converta num amigo.
Enfim, em seus íntimos acreditem que a missão do político não é a de agradar todos, mas sim de atuar por todos e para todos, e que o grande erro daquele em seus negócios públicos é consagrar-se com eles, pois em última instância sois apenas um meio e não um fim.
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
Podemos suportar a adversidade, mas é pelo poder que provamos o caráter de um cristão, que perpetua na retidão, mesmo que não haja quem a certifique.
A constante preocupação de vossas senhorias não devem ser os gritos dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos inidôneos, dos amorais, mas sim o silêncio dos bons, pois há entre nós aqueles que enlouqueceram por quererem ser muito, mas não há um só que tenha caído em devaneios por querer ser bom.
Outrossim, procurem conhecer o inimigo e mantenham com este uma relação essencialmente amistosa, pois entre outras coisas, sempre há a possibilidade de que algum dia ele se converta num amigo.
Enfim, em seus íntimos acreditem que a missão do político não é a de agradar todos, mas sim de atuar por todos e para todos, e que o grande erro daquele em seus negócios públicos é consagrar-se com eles, pois em última instância sois apenas um meio e não um fim.
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Inauguração
Meu nome é Fabio, tenho 31 anos e moro no Rio de Janeiro.
Existem três tipos de pessoa: aquelas que são públicas, aquelas que não o são e aquelas que pouco se importam com o que são socialmente. Eu sou do terceiro tipo...
Digo isso, pois para cada indivíduo existem sempre duas alternativas, viver em sociedade ou viver fora dela, porém é impossível se isolar socialmente, pois se estamos nos afastando de "alguma coisa" já estamos fazendo referência a esta e, portanto, interligados em algum nível.
Um dia escolhi viver em sociedade, contudo, sem me importar demasiadamente com o meu eu social. É um grande e contínuo desafio, mas tenho fé que vale a pena.
Criei esse blog com o intuito de evidenciar algumas passagens da minha vida, filosofias de mesa de bar, reflexões imbecis, poesias e opiniões, salvo em momentos de breve lucidez, desatinadas. Isso foi em outubro de 2007, mas só agora, um ano depois, estou inaugurando-o.
Ontem, dia 26 de outubro de 2008, eu estava no meio de uma noite insone, repleto de sinapses turbulentas, quando lembrei do meu blog latente.
Senti uma vontade enorme de escrever e só me faltava um bom argumento. Minha mente, buscando sempre uma consonância cognitiva com a minha emoção, lembrou-se de um interessante pensamento de uma personalidade política, o qual entendi da seguinte maneira: cada grande mudança em nossa essência deve ser registrada de maneira ampla, clara e honesta. Reforcei esse argumento com um aprendizado recente, crucial pro resto da minha jornada terrena: Auto-terapia tem limite.
Desde muito cedo eu assumi um papel social de ouvinte, de pseudo-terapeuta, de conciliador, de pai (apesar de não possuir filhos biológicos) e aprendi naturalmente a ajudar as pessoas e tentar despertar nelas o que tinham de melhor. Quase sempre consegui, fiz muitas amizades, pouquíssimas e inexplicáveis inimizades e "percebendo" cuidadosamente o comportamento de todos aprendi muito, inclusive a me ajudar. Sou basicamente um bom reparador...
Com o tempo, essa ajuda repetitiva se tornou um hábito e esse uma cultura, que de tão enraizada fez com que alguns entendessem que eu era detentor de um equilíbrio inabalável e de serenidade eterna. Nada de errado nisso, apenas falso. A minha "queda" sempre foi uma raridade possível que casualmente nunca tinha acontecido.
Percebi após uma resolução pessoal desconcertante e uma mudança radical em minha vida pessoal presente que podemos sim atuar como nossos próprios terapeutas e digerir nossas frustrações como uma refeição quente, mas tendo sempre em mente que a gula caminha de mãos dadas com a congestão. A medida que processamos nossas decepções e infelicidades sozinhos, corremos o risco de gerar um fluxo contínuo de informações circunscritas ao nosso ser, que cresce como uma bola de neve devastadora.
Entretanto, uma alternativa simples para evitar um estrago psíquico-emocional é desabafar. Desabafar significa criar um novo fluxo, dessa vez para fora, quebrando o ciclo, direcionando o caos das idéias, a essa altura possivelmente caóticas e insanas, para longe de si. E nada melhor do que um diário virtual para essa tarefa, onde podemos nos dirigir ao mesmo tempo para alguém e para ninguém, dependendo apenas da nossa necessidade e imaginação.
Espero que essas palavras escritas também nos ajudem de alguma maneira. Nesse meu universo particular, ao mesmo tempo individual e coletivo, eu pretendo discorrer sobre os meus valores e não sobre qualquer senso comum ou incomum. Nele, a felicidade como eu a entendo é o grande objetivo, pois alegria e tristeza são apenas estados mentais passageiros, mas felicidade é um estado de espírito, esse último, eterno. Essa epistemologia filosófica nos dá o direito de escolha e portanto podemos ser felizes. Para experimentar a felicidade não precisamos de religião, cultura, conhecimento, inteligência, bens ou qualquer elemento mundano, mas sim de fé, seja em Deus, no amor, na vida, na morte, na vida depois da morte, em várias vidas ou em nenhuma vida (Matrix ?). Ser feliz é uma questão de entrega.
Aqui ficará registrada a minha entrega honrosa, a minha vida em verso e prosa. Sigamos em frente.
Sejam bem-vindos !
Saudações fraternais.
Existem três tipos de pessoa: aquelas que são públicas, aquelas que não o são e aquelas que pouco se importam com o que são socialmente. Eu sou do terceiro tipo...
Digo isso, pois para cada indivíduo existem sempre duas alternativas, viver em sociedade ou viver fora dela, porém é impossível se isolar socialmente, pois se estamos nos afastando de "alguma coisa" já estamos fazendo referência a esta e, portanto, interligados em algum nível.
Um dia escolhi viver em sociedade, contudo, sem me importar demasiadamente com o meu eu social. É um grande e contínuo desafio, mas tenho fé que vale a pena.
Criei esse blog com o intuito de evidenciar algumas passagens da minha vida, filosofias de mesa de bar, reflexões imbecis, poesias e opiniões, salvo em momentos de breve lucidez, desatinadas. Isso foi em outubro de 2007, mas só agora, um ano depois, estou inaugurando-o.
Ontem, dia 26 de outubro de 2008, eu estava no meio de uma noite insone, repleto de sinapses turbulentas, quando lembrei do meu blog latente.
Senti uma vontade enorme de escrever e só me faltava um bom argumento. Minha mente, buscando sempre uma consonância cognitiva com a minha emoção, lembrou-se de um interessante pensamento de uma personalidade política, o qual entendi da seguinte maneira: cada grande mudança em nossa essência deve ser registrada de maneira ampla, clara e honesta. Reforcei esse argumento com um aprendizado recente, crucial pro resto da minha jornada terrena: Auto-terapia tem limite.
Desde muito cedo eu assumi um papel social de ouvinte, de pseudo-terapeuta, de conciliador, de pai (apesar de não possuir filhos biológicos) e aprendi naturalmente a ajudar as pessoas e tentar despertar nelas o que tinham de melhor. Quase sempre consegui, fiz muitas amizades, pouquíssimas e inexplicáveis inimizades e "percebendo" cuidadosamente o comportamento de todos aprendi muito, inclusive a me ajudar. Sou basicamente um bom reparador...
Com o tempo, essa ajuda repetitiva se tornou um hábito e esse uma cultura, que de tão enraizada fez com que alguns entendessem que eu era detentor de um equilíbrio inabalável e de serenidade eterna. Nada de errado nisso, apenas falso. A minha "queda" sempre foi uma raridade possível que casualmente nunca tinha acontecido.
Percebi após uma resolução pessoal desconcertante e uma mudança radical em minha vida pessoal presente que podemos sim atuar como nossos próprios terapeutas e digerir nossas frustrações como uma refeição quente, mas tendo sempre em mente que a gula caminha de mãos dadas com a congestão. A medida que processamos nossas decepções e infelicidades sozinhos, corremos o risco de gerar um fluxo contínuo de informações circunscritas ao nosso ser, que cresce como uma bola de neve devastadora.
Entretanto, uma alternativa simples para evitar um estrago psíquico-emocional é desabafar. Desabafar significa criar um novo fluxo, dessa vez para fora, quebrando o ciclo, direcionando o caos das idéias, a essa altura possivelmente caóticas e insanas, para longe de si. E nada melhor do que um diário virtual para essa tarefa, onde podemos nos dirigir ao mesmo tempo para alguém e para ninguém, dependendo apenas da nossa necessidade e imaginação.
Espero que essas palavras escritas também nos ajudem de alguma maneira. Nesse meu universo particular, ao mesmo tempo individual e coletivo, eu pretendo discorrer sobre os meus valores e não sobre qualquer senso comum ou incomum. Nele, a felicidade como eu a entendo é o grande objetivo, pois alegria e tristeza são apenas estados mentais passageiros, mas felicidade é um estado de espírito, esse último, eterno. Essa epistemologia filosófica nos dá o direito de escolha e portanto podemos ser felizes. Para experimentar a felicidade não precisamos de religião, cultura, conhecimento, inteligência, bens ou qualquer elemento mundano, mas sim de fé, seja em Deus, no amor, na vida, na morte, na vida depois da morte, em várias vidas ou em nenhuma vida (Matrix ?). Ser feliz é uma questão de entrega.
Aqui ficará registrada a minha entrega honrosa, a minha vida em verso e prosa. Sigamos em frente.
Sejam bem-vindos !
Saudações fraternais.
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