Começa agora uma nova jornada em vossas vidas políticas. Será preciso ser cauteloso em seus atos e no que acreditam ser correto. Será imperativo agir com equilíbrio, prudência e humanidade, para que a confiança excessiva não os torne incautos e a desconfiança imponderada não os faça intolerantes.
Podemos suportar a adversidade, mas é pelo poder que provamos o caráter de um cristão, que perpetua na retidão, mesmo que não haja quem a certifique.
A constante preocupação de vossas senhorias não devem ser os gritos dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos inidôneos, dos amorais, mas sim o silêncio dos bons, pois há entre nós aqueles que enlouqueceram por quererem ser muito, mas não há um só que tenha caído em devaneios por querer ser bom.
Outrossim, procurem conhecer o inimigo e mantenham com este uma relação essencialmente amistosa, pois entre outras coisas, sempre há a possibilidade de que algum dia ele se converta num amigo.
Enfim, em seus íntimos acreditem que a missão do político não é a de agradar todos, mas sim de atuar por todos e para todos, e que o grande erro daquele em seus negócios públicos é consagrar-se com eles, pois em última instância sois apenas um meio e não um fim.
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
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