segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Inauguração

Meu nome é Fabio, tenho 31 anos e moro no Rio de Janeiro.

Existem três tipos de pessoa: aquelas que são públicas, aquelas que não o são e aquelas que pouco se importam com o que são socialmente. Eu sou do terceiro tipo...
Digo isso, pois para cada indivíduo existem sempre duas alternativas, viver em sociedade ou viver fora dela, porém é impossível se isolar socialmente, pois se estamos nos afastando de "alguma coisa" já estamos fazendo referência a esta e, portanto, interligados em algum nível.
Um dia escolhi viver em sociedade, contudo, sem me importar demasiadamente com o meu eu social. É um grande e contínuo desafio, mas tenho fé que vale a pena.

Criei esse blog com o intuito de evidenciar algumas passagens da minha vida, filosofias de mesa de bar, reflexões imbecis, poesias e opiniões, salvo em momentos de breve lucidez, desatinadas. Isso foi em outubro de 2007, mas só agora, um ano depois, estou inaugurando-o.
Ontem, dia 26 de outubro de 2008, eu estava no meio de uma noite insone, repleto de sinapses turbulentas, quando lembrei do meu blog latente.
Senti uma vontade enorme de escrever e só me faltava um bom argumento. Minha mente, buscando sempre uma consonância cognitiva com a minha emoção, lembrou-se de um interessante pensamento de uma personalidade política, o qual entendi da seguinte maneira: cada grande mudança em nossa essência deve ser registrada de maneira ampla, clara e honesta. Reforcei esse argumento com um aprendizado recente, crucial pro resto da minha jornada terrena: Auto-terapia tem limite.

Desde muito cedo eu assumi um papel social de ouvinte, de pseudo-terapeuta, de conciliador, de pai (apesar de não possuir filhos biológicos) e aprendi naturalmente a ajudar as pessoas e tentar despertar nelas o que tinham de melhor. Quase sempre consegui, fiz muitas amizades, pouquíssimas e inexplicáveis inimizades e "percebendo" cuidadosamente o comportamento de todos aprendi muito, inclusive a me ajudar. Sou basicamente um bom reparador...
Com o tempo, essa ajuda repetitiva se tornou um hábito e esse uma cultura, que de tão enraizada fez com que alguns entendessem que eu era detentor de um equilíbrio inabalável e de serenidade eterna. Nada de errado nisso, apenas falso. A minha "queda" sempre foi uma raridade possível que casualmente nunca tinha acontecido.

Percebi após uma resolução pessoal desconcertante e uma mudança radical em minha vida pessoal presente que podemos sim atuar como nossos próprios terapeutas e digerir nossas frustrações como uma refeição quente, mas tendo sempre em mente que a gula caminha de mãos dadas com a congestão. A medida que processamos nossas decepções e infelicidades sozinhos, corremos o risco de gerar um fluxo contínuo de informações circunscritas ao nosso ser, que cresce como uma bola de neve devastadora.
Entretanto, uma alternativa simples para evitar um estrago psíquico-emocional é desabafar. Desabafar significa criar um novo fluxo, dessa vez para fora, quebrando o ciclo, direcionando o caos das idéias, a essa altura possivelmente caóticas e insanas, para longe de si. E nada melhor do que um diário virtual para essa tarefa, onde podemos nos dirigir ao mesmo tempo para alguém e para ninguém, dependendo apenas da nossa necessidade e imaginação.

Espero que essas palavras escritas também nos ajudem de alguma maneira. Nesse meu universo particular, ao mesmo tempo individual e coletivo, eu pretendo discorrer sobre os meus valores e não sobre qualquer senso comum ou incomum. Nele, a felicidade como eu a entendo é o grande objetivo, pois alegria e tristeza são apenas estados mentais passageiros, mas felicidade é um estado de espírito, esse último, eterno. Essa epistemologia filosófica nos dá o direito de escolha e portanto podemos ser felizes. Para experimentar a felicidade não precisamos de religião, cultura, conhecimento, inteligência, bens ou qualquer elemento mundano, mas sim de fé, seja em Deus, no amor, na vida, na morte, na vida depois da morte, em várias vidas ou em nenhuma vida (Matrix ?). Ser feliz é uma questão de entrega.
Aqui ficará registrada a minha entrega honrosa, a minha vida em verso e prosa. Sigamos em frente.

Sejam bem-vindos !

Saudações fraternais.

6 comentários:

Unknown disse...

Realmente, o que foi transcrito acima é um retrato seu em palavras...

Camille Himelfarb disse...

Nossa.. muito bonito mesmo...
sem palavras....bjos

Camille Himelfarb disse...

Nossa.. muito bonito mesmo...
sem palavras....bjos

Camille Himelfarb disse...

Nossa.. muito bonito mesmo...
sem palavras....bjos

Camille Himelfarb disse...

Nossa.. muito bonito mesmo...
sem palavras....bjos

Anônimo disse...

A Camille é caga.