quinta-feira, 2 de abril de 2009

Foi dado o veredicto: Dispepsia

Já tem duas semanas que estou com essa queimação / azia / dor no estômago. Tudo bem que foram semanas alternadas, mas nada pior do que isso pra alguém que sempre teve orgulho do seu seu sistema gastro-intestinal. NUNCA tinha sentido qualquer coisa parecida antes e agora tenho que conviver por não sei quanto tempo com essa acompanhante indesejada !

Nessa última segunda-feira eu resolvi ir no hospital. Acordei com a sensação que tinha pimenta malagueta da garganta até o estômago. Pra piorar, ainda fui visitado por uma virose no sábado que me deixou o final de semana inteiro meio "brucutu" e resolveu esticar semana adentro. Era hora de consultar os Homens de Branco...

Fui no Quinta D'Or, não me perguntem porque. Cheguei lá e entrei num sistema de triagem ainda meio amador e pendente de melhorias. Mais pareceu um procedimento elaborado por um médico pseudo-administrador que acabou de fazer um MBA em gestão hospitalar.

Cheguei na recepção, me registrei e sentei num daqueles assentos clássicos acolchoados que estão sempre virados pra uma TV passando novela. E acho mesmo que estava passando uma reprise, mas o pior foi ter esquecido o meu livro em casa. Comecei a ler O Livreiro de Cabul e por enquanto está bem legal... Já estava ficando incomodado, quando entra pela porta o guitarrista da banda do karaoke onde às vezes eu canto com a minha amiga Raquel Oliveira. Já faz mais de um mês que eu não vou lá e trocamos idéias sobre música, projetos culturais, gigs, karaoke e afins. Amenidades que fizeram o tempo passar rápido. Depois de uns vinte minutos fui chamado.

Primeiro me atendeu uma técnica de enfermagem simpática. Ela fez uma anamnese básica e cumpriu bem a sua parte no processo. Por último, tascou em mim uma dessas pulseirinhas de área VIP de boate e me encaminhou pra sala de espera azul. Fiquei imaginando em que categoria ou critério eu estava enquadrado...
Em seguida é que veio a longa espera. Acho que fiquei mais de uma hora tentando me desligar do meu incômodo até que chamassem.
Fui atendido pela Dra. Clarice (ou Clarisse), muito tranquila, simpática e atenta às minhas palavras.

No final veio o resultado: estou com dispepsia. O nome sugere uma dificuldade na digestão e a médica disse que pode estar associada a inúmeras causas, de rejeição a algum tipo de alimento a stress. Confesso que não sei o que pode ter sido a causa...
O tratamento inicial é empírico, a base de remédios que regulam a acidez do estômago e o enjôo. Vou ter que ficar trinta dias controlando a alimentação radicalmente (o radicalmente é por minha conta).

Minha amiga Ana Luisa diz que toda doença é um desequilíbrio entre mente e corpo. Eu sempre achei que havia exceções, mas se ela estiver certa isso significa que estou somatizando alguma coisa. Talvez seja uma boa idéia substituir as poesias por contos de ficção científica. Assim minha mente racional domina o cenário e manda essas somatizações de volta pras profundezas do subconsciente ! (risos)

Nesses tempos meio chochos o que tem me animado é ficar navegando por blogs interessantes. Um deles que encontrei recentemente e que me faz viajar pra outros mundos é o Na Roda-Gigante escrito pela paulistana Daniela Marques. Vale uma visita !

E fica aqui um recado: nos próximos vinte e oito dias, eu só canto, danço, leio e escrevo, tudo regado a água de coco pura ! Acho que já tá bom, não é ?


Saudações fraternais,

Fabio Machado.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Fábio!Tudo bem?
Vim retribuir a visista e conferir teu blog também - acho bacana "ouvir" as vozes de independentes que se multiplicam na blogsfera.
Gostei da tua narrativa e me identifiquei especialmente com dois aspectos dela: a qualidade questionável do atendimento ofericido por hospitais (até mesmo os privados - pelos quais pagamos caro) e a coisa do problema digestivo - também tenho gastrite...
Numa comparação simples, é facil entender que sofremos de um mal pequeno perto da piada da morosidade e até descaso que querem esconder debaixo do luxo e de uma pretensa organização que encontramos nos atendimentos hospitalares da rede privada.
Repercuti um pouco esses assuntos em de fácil controletrês artigos publicados lá no "Bate e rebate". Quando tiver tempo, confere.
Bem, Fábio, fico por aqui e lhe desejo melhoras!

Raquel Med Andrade disse...

...Raquel Medeiros