Ela não sabe, mas ele imagina os dois de mãos dadas, os pés descalços pisando na terra molhada pela chuva. Os dedos entrelaçados sem vontade de se separar... mas ela se larga e corre livre com os braços abertos em "V", saudando a natureza ao seu redor, brindando com as gotas d'água, feliz por não estar em nenhum outro lugar, mas ali. Ela olha pra trás e sorri. Quer que ele vá em seu encontro e compartilhe a magia que se faz. Ele corre, alcança-a, toca-a. Borboletas voam pelos estômagos enamorados.
Ao longe o arco-íris dá sua benção, vibrante, brilhante. O pote de ouro não está lá, está cá, entre os dois.
Um abraço os une, entreolham-se... as pupilas dilatadas deixam a luz de suas almas passar, formando um único feixe. Enxergam-se cheios de certeza, cúmplices, ávidos, tórridos.
Um beijo os reune, dessa vez no mundo dos sonhos, perfeito e eterno. Nada mais importa, nem o sol, nem a chuva, nem a sandália caída ao lado. Só os sentidos ainda estão vivos; e quão vivos !
O campo vasto se torna pequeno diante da infinitude do amor. E lá jazem, desnudos, despidos, devotos, desembrulhando o destino...
Saudações fraternais,
Fabio Machado
4 comentários:
Eles não sabem, mas o pote de ouro é o amor que paira entre os dois. :)
Lindo isso. :*
Simplesmente lindo!
Beijos! Van
Diria que conhecendo e descobrindo ainda mais do amor.
A pele dando o sinal de sim, os olhos passando a verdade e em um abraço a união de ser um só amor.
Amei...
bjos no coração.
Você descreveu o sonho onipresente na mente de todos.Parabéns pela delicadeza!
Beijos
Postar um comentário