quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ciclos

Lá estava ela, sentindo em suas ranhuras as forças da Natureza. O sol impiedoso a abraçava, fazendo reluzir seu tom avermelhado, mas envergonhada, se fechava. Seu tronco repleto de espinhos, cada um com sua história, com sua proeminência ameaçadora, marcando-a pelos anos de vida.
Protegia-se como quem está em apuros, guardava suas energias como quem quer viajar até o infinito. Respirava suavemente... Ao seu redor a vastidão do deserto. Nada além de grânulos minúsculos dançando uma valsa desmarcada. Suas raízes penetravam fundo o chão movediço, tentando alcançar o bálsamo da vida. Em vão...
Espalhava-se através dos ventos uivantes, tentando chegar ao oásis mais próximo. À noite, sonhava com a companhia de flores. Seu doce perfume se expandiria por ares virgens e os pássaros que antes apenas a sobrevoavam poderiam agora banhar-se nas mesmas águas que resgatariam sua exuberância e provariam do néctar que se enchia em sua boca. Estava aberta, entregue aos caprichos das estrelas, que iluminavam o caminho dos viajantes, que provocavam pedidos quando cadentes, mas que ignoravam a beleza dos seus contornos delicados.

Mas antes que pudesse sentir o amor correr em seu sangue, o astro-rei acordava de seu sono, vigoroso, imbatível, e mais um ciclo recomeçava, com a rosa em meio às dunas.


Saudações fraternais,

Fabio Machado.

*Texto inspirado pelo livro Rosas em Dunas
da minha amiga Yeung Luk Chong.

sábado, 25 de julho de 2009

Dos riscos e probabilidades no amor

A probabilidade é a tentativa inocente de quantificar os riscos, mas números não são capazes de representar a infinitude do Amor. Entregar-se ao universo é permitir que Deus faça as contas e abra as janelas da alma, deixando sua luz clarear o caminho que nos leva até Ele.
Enfrento as possibilidades de olhos fechados e coração exposto, aguardando que meu canal se abra.


Saudações fraternais,

Fabio Machado.


Não controlo a vida e nem quero. Confio no arquiteto.
O que parece dúvida é apenas prisão. Faço-me livre, então.
E espero meu grande amor, em união com o criador.

sábado, 18 de julho de 2009

Eu, tu, ele e nós

Ela o viu indo embora. Quanto mais ele se afastava, mais a realidade a invadia, cruel, impiedosa. A cada passo, uma pressão no peito; a cada pontada, um pedido de ar. Tamanha relatividade tomou-a que ela não mais sabia quem se movia, mas era certo que a distância entre eles aumentava, sentia-a em seu estômago.
Ele se perguntava o que fora causa e o que fora consequência. Sofria. Agoniava. Chorava... muito. A dor era tão forte que causava vertigens. Buscava apoio nas paredes próximas. Lutou o quanto pode. Já exaurido, sabia que uma hora teria de desistir, só não sabia quando. Sem forças, sem recursos, vencido pelas escolhas alheias, sucumbiu. Sua voz interior dizia: vá, siga, continue.
Ao desaparecer no horizonte, sua presença se fortaleceu. A inércia que a dominava vacilou e seu corpo se projetou adiante. Reequilibrou-se com seu pé direito, depois com o esquerdo. Quando sentiu o vento no rosto, já estava correndo. Solta em um labirinto de possibilidades, olhava ao redor, atenta, como um radar atrás de tesouros perdidos.
Andava em círculos, enquanto sua barba crescia. Não havia caminho certo, pois não havia destino. Tentava convencer-se com argumentos frágeis de que não havia alternativas. As imagens de antes ainda estavam vivas em sua mente. Sobrevivia. Vivia sobre. Faltava-lhe a inexistência de motivos pra ser feliz e procurá-los era um contrasenso. Parou. Respirou fundo, uma, duas, três vezes. Já estava longe e não sabia se conseguiria voltar. Dúvida. Medo. Não queria sofrer, mas o passado de repente pareceu mais seguro do que o futuro. Os olhos que agora o cercavam eram vazios, sem ao menos a indiferença dela e num movimento brusco girou seu corpo numa meia volta. A paz o brindou com um céu alaranjado e sentindo o frio tomar sua pele pôs-se em busca dos seus desejos.
Em meio a tantos desencontros, bastava-lhes um encontro, um reencontro. Parecia-lhes óbvio que suas chances eram maiores, pois já estiveram separados por meros receios.
Mas a vida tinha seus próprios planos, a todo instante mostrava-lhes sua soberania. De nada adiantava seus arrependimentos, eram como estranhos novamente, e então, só lhes restava aguardar que o universo conspirasse em seu favor e lhes desse outra primeira chance.


Saudações fraternais,

Fabio Machado.

P.S. A causalidade só existe para o Homem, que dança conforme o ritmo do Tempo. Para Chronos, cada movimento do relógio é único, independente, desvinculado dos demais. Passado, presente e futuro dão a luz ao sempre, onde temos que construir nossa felicidade constantemente.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

À luz de um olhar

Nunca mais esqueceu daquele olhar... Foram apenas segundos, mas seu coração bateu como por um dia inteiro. Torpor mental. Sinestesia. Silêncio ao invés de som.
Por que se foi ? Queria-o firme, certeiro, mas ele fugiu, desviou-se. Deixou a saudade de presente na memória delinqüente, presa entre lembranças vis. Para que ele alcançasse outras cores, permitiu-se chorar; para que ele encantesse outros olhos, permitiu-lhe seguir.

(...) e por muitos e muitos tempos o guardou, através dos latejos firmes em seu peito esquerdo, até que o sempre desvendasse-o e a escuridão desse lugar à sua luz.


Saudações fraternais,

Fabio Machado.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Sobre o post anterior

Tem gente que é muito atenta aos detalhes... Hoje me perguntaram se fui eu que escrevi o post anterior. Disseram que o estilo está ligeiramente diferente, os pensamentos desconexos e a saudação final não foi a tradicional.

Eu explico. Publiquei o texto no meio da madrugada, devia ser umas 4 da manhã. Estava completamente sonado e tentei escrever o mais rápido possível, enquanto ainda lembrava dos meus sonhos. Imagens, palavras, sensações, ficou tudo misturado. Não sei porque disse "Namastê" no final... um dos meus sonhos foi bem místico, bem no estilo oriental ! (risos)

Respondendo algumas perguntas, não, eu não sigo nenhuma religião exclusivamente, então não me cativa a idéia de uma cerimônia religiosa. Algumas são lindas, eu faço minhas preces sempre, dou minha benção aos nubentes, mas quando me imagino como protagonista desse tipo de evento, sinto mais incômodo do que empolgação. Por mim eu faria algo ao ar livre, com um brinde simples com espumante e uma super viagem.

Eu também não vejo casamento como uma instituição indissolúvel, afinal, somos todos imperfeitos e sujeitos às consequências da nossa imperfeição. Não acredito em formatos vencedores, como morar em locais separados, não ter filhos, dar liberdade total... O ser humano é muito complexo pra ser encaixado em um padrão estático, algumas pessoas mais que outras, é verdade, mas em geral isso não funciona.

Por último, não acho que seja obrigatório casar, mas algumas doutrinas sérias como a Cabala dizem que a prosperidade depende também de um relacionamento conjugal saudável. Na minha visão, concordo com essa idéia, pois busco uma evolução integral, abrangendo todos os aspectos através dos quais me manifesto nesse plano.

Assim, ratifico minha posição. Se ela vai se concretizar, isso é outra estória...


Saudações fraternais,

Fabio Machado.


A primeira berlinda a gente nunca esquece

Frequentemente meus amigos falam de mim, implicam com meu blog, me sacaneiam, mas nada disso me tira do conforto. Eu sou extrovertido e cara de pau, então também não costumo ficar sem graça. Geralmente quando estou conversando sobre um assunto íntimo, sou mais ouvinte do que falante, então raramente falo da minha intimidade, mas ontem pela primeira vez me colocaram na berlinda de verdade. O mais curioso é que essa era a minha intenção e eu fiz uma pergunta antes que tinha esse objetivo, mas ao invés de provocar, fui provocado. Ouvi duas perguntas que me deixaram numa tremenda saia justa:
- Você quer casar ?
- Pra que você quer casar ?

Não que elas sejam perguntas difíceis, tabus ou inconvenientes, mas eu nunca sou questionado nesse nível. Eu não estava conversando sobre casamento enquanto cerimônia religiosa e sim como conjunção de dois indíviduos, logo a primeira delas respondi tranquilamente com um "depende", porque a resposta é influenciada pelo momento, ou seja, eu posso querer casar num instante e não querer em outro; vai depender da parceira, do relacionamento, da oportunidade, do timing, afinal, pra mim, casamento é uma união holística.
Já a segunda pergunta foi capciosa. Eu estava meio desajustado, um pouco atormentado mentalmente, então seguindo uma boa recomendação fui conversar com o lado de lá...

Primeiro meditei por meia hora pra limpar os pensamentos, depois fiz um "exercício" que aprendi com um antigo mestre. Fui dormir e como já era esperado, sonhei a noite inteira...
Em vários sonhos ficou claro que o "pra que" está associado a um objetivo, algo que se projeta pra frente no tempo. O objetivo, por sua vez, foi simbolizado por um abraço, que é sinônimo de troca, de encantamento e admiração. Nele todos os sentidos são estimulados, o coração pulsante, a respiração, o olhar cruzado, a temperatura, o cheiro da pele.

Acordei no meio da madrugada pensando numa frase que já registrei em outros posts: o amor se manifesta através de um parceiro quando na relação, um desperta o que há de melhor no outro e refuta o que há de pior !

Portanto, sim, eu quero casar pra viver uma experiência que me permita crescer no aspecto conjugal da vida, onde eu faça e me façam amar, sorrir, chorar, tremer, gozar, suspirar, ceder, sonhar, acreditar, confiar, criar, cuidar e aprender através de uma individualidade interdependente, de uma parceria alinhada, de uma resultante positiva, até que cesse a reciprocidade e/ou a positividade.



Namastê,

Fabio Machado.

domingo, 12 de julho de 2009

Diz o barco à vela: seja meu porto !

Sinto, logo vivo. Arrisco minha vida, aposto meu amor, escalo encostas íngrimes por alguém que seja meu porto; onde eu possa ancorar quando precisar de combustível e de um guia, onde eu descanse após tempestades e furacões, de onde eu saia, revigorado, após algumas noites de sono tranquilo e alguns dias com o chão firme sob os pés.
Entrego-te meu espírito, meu perigo, meus mistérios. Como barco à vela que sou, ofereço-te paisagens inesquecíveis, brisas ternas e o aconchego do mar bêbado. Serei seu veleiro, aonde poderás viajar sempre que a quietude findar, de onde admirarás a bravura dos mares quando o marasmo tomar-te, que te devolverá à terra, revigorada, após algumas noites em claro sob o céu estrelado e alguns dias com águas azuis por todos os lados.



Saudações fraternais,

Fabio Machado.

sábado, 11 de julho de 2009

Por OSHO: Saia da concha

"Ser curioso é bom porque é assim que começa a jornada de questionamento da vida. Mas se você não for além dessa curiosidade, não haverá qualquer intensidade nisso. Talvez só pule de curiosidade em curiosidade como um barco à deriva, seguindo ao sabor das ondas, sem nunca ancorar em algum lugar.
A curiosidade é um bom ponto de partida, mas depois é preciso ficar mais passional. É preciso fazer da vida uma busca, não apenas uma curiosidade (...) São muitas as perguntas, mas a busca é uma só. Quando uma pergunta se torna tão importante que você se dispõe a sacrificar a própria vida por ela, então ela é uma busca. Quando uma pergunta tem tamanha importância, tamanho significado que você pode arriscar tudo o que tem, então ela se torna uma busca"

"Aposte todas as suas fichas. Seja um apostador ! Arrisque tudo, pois o momento seguinte não é uma certeza. Então, por que se importar com ele ? Por que se preocupar ? Viva perigosamente, viva com prazer. Viva sem medo, viva sem culpa. Viva sem nenhum medo do inferno ou sem ansiar o céu. Simplesmente viva."

"A morte é segurança, a vida é insegurança. Aquele que quer realmente viver deve viver no perigo, em constante perigo. Aquele que quer chegar no cume tem que arriscar se perder. Aquele que quer escalar o pico mais alto tem que correr o risco de cair de algum lugar, de escorregar."


Aponto a curiosidade como a minha maior virtude, mas tenho o defeito abissal de questionar toda busca a qual minhas perguntas dão origem. Vou fechar os olhos e abrir a alma. Talvez ela encontre o caminho...


Saudações fraternais,

Fabio Machado.


* Trechos do livro 'Faça o seu coração vibrar' do OSHO. Li em uma dupla de horas e recomendo.
** Obrigado, Srta. Claus-Monk.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O indefectível timing

Um dia o Homem inventou o tempo... algo que apesar de ser imprescindível à vida moderna, é totalmente artificial. Não sei se é óbvio, mas diferente do espaço, que nossa cognição identifica naturalmente, o tempo não existe por si só, ele só se concretiza a partir de nossas mentes. Concebemos essa variável contínua, sem fim e autônoma, o que a tornou um elemento poderoso em nosso mundo.

Não é de se estranhar que o tempo tenha um papel diferenciado, pois é através dele que percebemos e registramos a nossa existência. E conforme esta foi ficando cada vez mais complexa, mais intrincado ficou nosso relacionamento com "Chronos". Eventualmente surgiu o conceito de timing, na minha opinião, o mais desonesto elemento das relações humanas.

Timing: saber decidir o melhor momento para fazer ou dizer algo; a regulação de uma ocorrência ou evento para alcançar o efeito desejado; o senso de escolher a oportunidade e o tempo de duração de um determinado plano.

Criamos ao poucos o momento-certo pra tudo: ouvir, falar, calar, sorrir, acordar, comer, beijar, encontrar, ligar, amar... Se isso ficasse restrito a um único indivíduo, tudo bem, mas quando envolve mais de uma pessoa, surge uma singularidade perversa, temos que alinhar os timings das duas ou mais partes.

Não gosto de probabilidades, mas nesse caso ela serve pra ilustrar de forma simples o que quero dizer. Assim que definimos um único instante certo, automaticamente todos os outros tornam-se errados e como o tempo é infinito, a probabilidade de duas pessoas se encontrarem na hora certa, por exemplo, é matematicamente zero (um dividido por infinito, ao quadrado).
Claro que isso é apenas uma representação fútil e limitada, mas deixa claro que eventos como esse são raros. Somando-se a esse processo segredos e mentiras, eles se tornam praticamente milagres !

Enfim, alinhar interesses é difícil, alinhar sentimentos afins, mais ainda.
O que eu sinto é que acima de tudo devemos viver e não apenas existir e para isso é necessário respeitar primeiramente o nosso timing e deixar que ele se encontre com o timing de outrem. Libertemo-nos; arrisquemo-nos; vivamos !


Saudações fraternais,

Fabio Machado

terça-feira, 7 de julho de 2009

Quando VOCÊ é a resposta...

Não importa o tamanho do problema, não importa a gravidade da ferida, não importa por quanto tempo houve dúvida, não importa sequer se foi feita uma pergunta... é maravilhoso quando a única certeza é que somos a resposta !




Answer
Autor: Sarah McLachlan

I will be the answer
At the end of the line
I will be there for you
While you take the time
In the burning of uncertainty
I will be your solid ground
I will hold the balance
If you can't look down

If it takes my whole life
I won't break, I won't bend
It will all be worth it
Worth it in the end
Cause I can only tell you what I know
That I need you in my life
When the stars have all gone out
You'll still be burning so bright

Cast me gently
Into morning
For the night has been unkind
Take me to a
Place so holy
That I can wash this from my mind
The memory of choosing not to fight

If it takes my whole life
I won't break, I won't bend
It will all be worth it
Worth it in the end
'Cause I can only tell you what I know
That I need you in my life
When the stars have all burned out
You'll still be burning so bright

Cast me gently
Into morning
For the night has been unkind


** Escrevendo em meio às lembranças do filme "Atonement".
Trailer do filme com a música: http://www.youtube.com/watch?v=dwZRSr_IDMs

(In)certezas II

Essa foi a minha resposta à pergunta dessa enquete:

Talvez falte mais intuição e menos percepção;
Talvez falte mais empatia e menos simpatia;
Talvez falte mais sinergia e menos energia;
Talvez falte mais interior e menos exterior;
Talvez falte mais "nós" e menos "eu";
Talvez falte mais presente e menos futuro;
Talvez falte mais flexão e menos reflexão;
Talvez falte mais serendipidade e menos causalidade;
Talvez falte mais ação e menos reação;
Talvez falte apenas um beijo roubado...

Dele vai surgir alguma certeza !


Saudações fraternais,

Fabio Machado.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

(In)certezas

Tem dia que é impossível não se render aos sentimentos, que insistem em me lembrar que não temos controle sobre a vida. Nossas escolhas dão sim uma sensação de que somos soberanos, pelo menos em relação aos nossos passos, mas ao experimentarmos o sentir, somos subjugados por uma força que surge do abismo do eu desconhecido, uma energia incontestável, que se manifesta no palpitar acelerado, no calor do rosto, no frio das mãos, nos arrepios súbitos, nos olhos marejados.

Tem hora que eu não lembro de nada, apenas fico perdido no labirinto das sensações, tentando encontrar a saída, seguindo os pequenos fragmentos de razão que me ocorrem vez por outra.
Parece que a vida é um sistema caótico em que a ordem é uma exceção e quando essa é a percepção alojada no presente, os grandes pessimistas da humanidade cismam em fazer sentido...

Há instantes em que eu desejo mais que tudo uma luz, às vezes nem é a divina, pode ser uma simples vela pra iluminar os corredores escuros e as ruas sem saída pra que eu volte pro meu caminho.
Já faz bastante tempo que eu conto com as sincronicidades da vida, que me socorrem desde que passei a enxergá-las como tais. Que seja uma fé na conspiração do universo a meu favor, que seja uma visão míope pela falta de fé, não me importo !

Hoje, agora há pouco, mais uma vez eu agradeci a uma mão especial que se estendeu até mim. Eu que sempre me achei um rebelde-com-causa, me curvei quando me mostraram que ela não mais existia.
E se eu ignorei algumas profecias no passado, não o faço mais, porque acredito que as certezas nascem das incertezas. Deixo as coisas acontecerem e me entrego o máximo que consigo, sem saber exatamente onde estou, mas consciente de que posso ir além.

Peço desculpas ao guardião do tempo, pois não sei qual é o momento certo !
Rogo a Deus em nossas conversas que me abençoe nas conjunções e disjunções !
E digo em voz alta: Dê-me a mão, corra o risco e enfrente o desafio comigo. Esse é o lema !


Saudações fraternais,

Fabio Machado.

domingo, 5 de julho de 2009

Momento Poesia: Renascer

Essa poesia eu escrevi de improviso nesse último sábado, durante uma dinâmica do curso de pós-graduação. Mudei duas ou três palavras agora pra melhorar a rima, mas a métrica...

Renascer

Intervalos de tempo definem fases
Que perfazem empresas e mãos
Suscitam estratégias, ações e vozes
Resultam numa constante revolução

Competências sólidas definem talentos
Que decidem, lideram a organização
Refletem a cultura que dá o exemplo
Exercem as forças que mudam o padrão

Com os erros aprendemos a lição
Buscando sempre uma nova visão
Comprometidos com a contínua evolução

O desempenho excelente é a missão
De onde os bons resultados virão
Renascendo através da total união


Saudações fraternais,

Fabio Machado

sábado, 4 de julho de 2009

Plantão Verso e Prosa

Essas últimas semanas eu não tenho escrito no blog por conta do meu trabalho de conclusão do curso de pós-graduação. Tirei três semanas de férias pra terminé-lo e é claro, pra descansar um pouco. Acabei descobrindo que estava precisando mesmo de descanso, bem mais do que eu imaginava...

Resolvi fazer um exercício de síntese nos meus posts. Não que eu ache que eles sejam grandes demais, é que eu tenho recebido uma influência positiva e quero aproveitar a motivação. No início vai ser difícil, porque eu estou acostumado a detalhar as idéias, mas aos poucos vai melhorar.

Por último, eu quero recomendar um blog que eu já leio faz um tempo, o SERENDIPITIES, da Elenita Rodrigues.
Uma estória louca ficou registrada na minha memória, onde uma amiga de Brasília teria comentado sobre essa professora-escritora-DJ por conta de uma entrevista que ela deu num programa de TV a respeito de um tema importante, que estávamos discutindo na época. É surreal, mas essa é a minha verdade ! (risos)
Esse diário é responsável por algumas coincidências significativas, que eu gosto de chamar de sincronicidades, então esses dias eu lembrei dele, fui lá, li um monte de coisa legal e pela primeira vez deixei um comentário. Nem sei porque não falei dele até hoje, mas "antes tarde do que nunca".


Saudações fraternais,

Fabio Machado.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A Grande Guerra - Prefácio

O ser humano tem uma característica interessante, a maioria de nós não é capaz de acessar os pensamentos ou sentimentos do próximo diretamente, só conhecêmo-los através de algum tipo de linguagem, seja verbal ou não-verbal. Essa habilidade, chamada de telepatia, até pode ser uma cognição adormecida, subdesenvolvida ou já atrofiada, mas o fato é que em nossa espécie, observando a maneira como as pessoas interagem, conclui-se que ela se manifesta em uma minoria (risos).

Imagino que essa restrição mental tenha sido notada lá nos primórdios da humanidade e resultou num processo de individuação com dois fenômenos importantes: o segredo e a mentira.
Na medida em que cada um de nós é conhecedor exclusivo das nossas forças de expressão, encontramos nesses elementos formas de criar um micro-universo com suas próprias leis, onde somos quem queremos ser.

Hoje, esse querer parece estar muito associado a uma necessidade externa, seja de ser "igual" ou de ser "diferente". Em ambos os casos, o indivíduo se torna consequência do meio, havendo uma clara separação entre sujeito e objeto. Essa dualidade é o que na minha opinião separa o Homem de seus semelhantes e sobretudo, separa-o do todo, da unidade.

Por conta disso, vivemos uma grande guerra, onde nossas percepções, opiniões e egos são as armas que dão origem às três grandes batalhas que travamos, cujo inimigo comum é o indivíduo. É uma realidade conflituosa, mas onde naturalmente existem forças de paz.

Assim, tais batalhas darão origem a uma trilogia (pra ficar na moda), que pretendo escrever não necessariamente em sequência, mas que representam minhas reflexões atuais no campo das relações interpessoais.


Saudações fraternais,

Fabio Machado.