sábado, 25 de dezembro de 2010
Não leve a vida tão a sério
Então, de maneira super simplificada, a Vida pode ser interpretada como um supersistema, um conjunto de entidades que interagem através de fluxos de materia, energia e informação, respeitando regras e buscando objetivos (conscientes ou não). Por exemplo, num ecossistema primário um dos objetivos é perpetuar-se e as regras são as leis da Natureza.
Uma boa abstração a partir desse ponto me fez pensar um dia que sou apenas um microssistema que processa os inputs que recebe do mundo e entrega de volta outputs personalizados para uma rede incomensurável de microssistemas que fazem a mesma coisa. Agimos em função de leis que herdamos, de leis que observamos e de leis que inventamos, mas Eu não controlo nada, Eles também não. E se não há controle externo e nem interno... tcharam... o sistema é livre ! Toda a sensação de que controlamos e somos controlados é uma grande ilusão, que acaba afetando a forma como funcionamos (entenda-se vivemos). Esse é o primeiro ponto importante desse devaneio...
O segundo ponto chave dessa questão existêncial é a pergunta: faz diferença pra Vida (supersistema) como cada entidade (microssistema) funciona ? A minha resposta é: NÃO !
Nem mesmo a morte de uma entidade qualquer é capaz de mudar a Vida, na medida em que não altera nem as leis que a regem, nem os seus objetivos.
Sou, então, obrigado a me questionar o seguinte: Qual é o objetivo do supersistema Vida ? A minha resposta hoje é: EVOLUIR !
Apesar de evolução ser por si só um conceito complexo, essas duas respostas objetivas me levam a uma conclusão importante: Para o bem da vida, eu sou o que há de mais importante pra mim mesmo !
Esse objetivo da Vida só será alcançado, mesmo que de maneira não-linear e incontrolada, se cada um de nós evoluirmos individualmente. É a partir dessas resoluções que eu tento incorporar o máximo de positividade possível, o tempo todo, tentando não me deixar abater pelos "desprazeres" por muito tempo. Esse é o melhor presente pra mim e, quem sabe um dia, pra todos nós.
Portanto, minha mensagem natalina se resume a uma frase: não leve a vida tão a sério !
Saudações festivas,
Fabio Machado.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
De dentro pra fora
Eu sou mudança, me enxergo de muitas maneiras, busco novas perspectivas a todo instante. Sinto o movimento da vida e meço sua velocidade com o pensamento. Talvez por isso eu seja louco, por não ser eu mesmo sempre, ou talvez assim eu me torne exatamente quem eu sou. Quem sabe ?
Não importa a referência, o tempo nunca pára. Mesmo imóvel, assisto seu desenrolar, seja no engatinhar das horas ou no correr dos segundos. Lá vai Ele de vento em popa, nos intrigando com suas (in)frequências... Lá vem Ele distribuindo teorias, absoluto em si, relativo em nós (ou será só em mim ?)
As armadilhas estão prontas, aguardando o próximo passo, todo cuidado é pouco e inútil, pois a isca é irrecusável: paradoxos ! Nada mais irresistível do que suas (in)coerências: o conhecimento desconhecido de um estranho, a visão imprevisível do futuro, o limite ilimitado do universo, a consciência insconsciente de Deus.
Sim, eu não sei, mas sigo, observando o antigo eu até me transformar no próximo. Não, eu sei e sigo, diante da mutabilidade imutável, crescendo de dentro pra fora até o tudo, o nada (...) o que fizer sentido na hora.
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Momento Poesia
por Fabio Machado.
Sinto que tirei do peito um grande peso
Como posso retribuir sua compreensão ?
Meu pagamento são as lágrimas que verto
As batalhas da vida são cobranças em vão
O tempo mostrará a verdade nua e crua
Que beiro a insanidade, a loucura às vezes
Tentando a todo custo te proteger da sua
Abra os olhos e veja o reflexo no espelho
Deixe o choro transbordar pelo canto
Depois o ritmo do coração interrompê-lo
Mire o céu, voe alto até o reencontro
Não permita que ele fuja de sua batalha mor
Enfrente seus demônios, desafie seus medos
Pois no final venceremos a guerra do amor.
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
sábado, 6 de novembro de 2010
Inferno
Fui assitir o filme Tropa de Elite 2 no cinema agora há pouco e cheguei a uma conclusão desconsertante: ou eu sou um emissário do inferno e a minha natureza demoníaca me permitiu acreditar no conteúdo de um filme ficcional ou eu estou no próprio inferno !
Vivo, então, um dilema, porque eu não quero ser um demônio e muito menos viver no "mundo" deles.
O filme é um soco no estômago que em mim doeu MUITO. A realidade apresentada é mais do que Dantesca, Maquiavélica ou Nietzscheniana, ela é simplesmente má na ascepção mais básica da palavra. Eu tenho noção da existência de uma corrupção sistêmica, isso se aprende em qualquer diretório acadêmico melhorzinho, eu tenho noção da dualidade bem versus mal, isso meus pais me ensinaram da melhor maneira possível, eu tenho noção da idiotice política atual, que pode ser notada por quem conhece o básico do básico do básico da história grega; eu não tinha noção era da aberração que controla a minha vida. Sim, o "sistema" mencionado na película é um monstro sem corpo, sem forma, sem identidade, vivo, onipresente, adaptativo e auto-sustentável (f#%&*-se a reforma ortográfica).
Esse ente abominável não depende de mim, porque dependência pressupõe que eu teria algum poder. Pelo contrário, ele me usa ao seu bel prazer como um mamulengo abobalhado, faz de mim o que bem quer sem que eu possa sequer cogitar direitos ou deveres.
Nele a democracia se tornou uma realidade alternativa e o caos, o que é real; a ética deixou de ser sustentáculo, quando o poder a colocou no "microondas"; a polícia deixou de simbolizar a ordem, porque o dinheiro tomou o seu lugar; o governo, um dia representação do povo, hoje é uma piada de muito mau gosto.
Talvez a única coisa que tenha permanecido inalterada seja a lei da maioria, mas essa, infelizmente, é cega, surda, muda e acima de tudo, pobre, pobre de espírito, pobre de caráter, pobre de recursos...
Nesse momento de revolta, não vejo porque ser honesto, correto e cidadão de bem, se são os meus impostos, o meu estilo de vida e a minha educação o combustível dessa máquina mortífera.
Como se não bastasse, ainda enfrento uma inércia existencial circunscrita às minhas inconsciência coletiva e consciência individual.
Enfim, estou atolado na merda até o pescoço, mas não sinto o fedor, porque graças à minha apatia, eu já me acostumei com ele. O problema são os outros narizes...
Saudações infernais,
Fabio Machado
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Momento Poesia
domingo, 10 de outubro de 2010
Eu sou...
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Quando a vida vale a pena...
(ABRE ASPAS)
Fabio,
Não tenho palavras para agradecer o que você fez por mim, você é uma pessoa muito especial, você toca a vida das pessoas que estão em sua volta e as transforma para melhor, e nem parece se esforçar, faz isso sendo você mesmo. É altruísta, equilibrado, o mundo seria um lugar melhor se houvesse mais pessoas como você. Mais do que um amigo, você é como se fosse meu terceiro irmão, por ironia, mais velho. Espero que você nunca precise, mas se um dia precisar, faço questão de, entre os tantos amigos que você faz na vida, ser o aquele que estará disponível, o primeiro a lhe ajudar, e pode contar com isso.
Um grande abraço,
XXX
(FECHA ASPAS)
Sou o que sou, e sempre serei, a cada momento, mutável, falível, possível, buscando a sustentável leveza que me conduz para cima, para o alto. Vamos ?
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
A vida ou a SUA vida ? Reflexões
Como alguns perceberam, uma vez dentro da sala, qualquer alternativa escolhida levaria à morte. A questão fundamental era a escolha entre a própria vida ou a vida.
A dúvida pode ser interpretada como o medo do sofrimento, o medo do desconhecido. Entretanto, temos aqui um paradoxo, pois se para evitar o sofrimento próprio, uma pessoa decidisse não apertar nenhum botão, era estaria escolhendo o próprio sofrimento. No meu entendimento, não apertar nenhum botão é a pior alternativa.
Talvez a escolha de viver sozinho não seja uma morte óbvia, mas mesmo os heremitas estão ligados à sociedade na medida em que a negaram. A negação é o vínculo entre os dois e além disso, a qualquer momento esse indivíduo solitário sabe que pode "voltar". O vínculo e o livre arbítrio o tornam vivo.
Já um sobrevivente verdadeiramente sozinho não tem opção. Sem o feedback de outras pessoas, sem seus espelhos, ela não será capaz de se reconhecer, perderá sua identidade e assim, morrerá, mesmo que seu coração ainda esteja batendo.
Isso acontece porque a vida é muito mais do que um conjunto de reações bioquímicas, do que um aglomerado de moléculas, muito mais do que a consciência em si. A vida é uma rede viva, pulsante e dinâmica, inteligente a ponto de aprender consigo mesma e evoluir. A vida é criação, destruição e recriação além de seus limites imagináveis. A vida é a pura inspiração !
Enfim, o teste nada mais era do que uma forma de avaliarmos se a existência individual é mais importante que o princípio vital universal. Na minha opinião, a minha vida não é o que há de mais importante, apesar de só eu poder vivê-la. Eu apertaria o botão que me mataria, consciente de que estaria preservando algo que está além do tempo, além do espaço, muito além de mim.
Sem mim a vida continua fazendo sentindo, mas sozinho eu não faço.
Saudações fraternais,
Fabio Machado.quinta-feira, 12 de agosto de 2010
A vida ou a SUA vida ?
Esses dias eu estava conversando com uma amiga e por algum motivo começamos a falar sobre a importância da vida. A conversa evoluiu pra um teor mais filosófico e debatendo sobre altruísmo versus egoísmo, eu levantei a seguinte questão: O que é mais importante, a vida em si ou a vida de alguém ?
É comum ouvir das pessoas que sua própria existência está em primeiro lugar e esse conceito faz todo sentido, pois só nós vivemos nossas experiências e ninguém, em qualquer plano, poderá desempenhar esse papel em nosso lugar, portanto, façamos certo ou errado, façamos nós !
Entretanto, devemos considerar que nossas vidas fazem parte de uma teia complexamente entrelaçada em que um ponto não subsiste sem os outros. Seguindo essa analogia, fazemos sentido existencial apenas na presença de outros semelhantes. Mesmo nesse contexto, é difícil conceber essa ideia a ponto de adotá-la.
Durante minha conversa tive um insight sobre um teste onde cada um poderia compreender melhor essa situação.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Momento Poesia: Natureza sem fim
Autor: Fabio Machado
Belo és tu,
Que ilumina meu dia com sua intensa luz
Que aquece as manhãs com seu calor
Que enaltece a cada dia essa linda flor
Bela és tu
Que as cores mais belas que hão reluz
Que perfuma as tardes com seu odor
Que engrandece a cada noite nosso amor
Ciclos se seguem
Um pelo outro vivendo cada segundo
Viajando os quatro cantos do mundo
Dádiva sem fim
Perfeito como a essência da lei
O amor entre o girassol e o astro-rei
quarta-feira, 24 de março de 2010
Sex is on fire
E essa é a minha trilha sonora por enquanto... Aumentem o volume !!!
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Momento Poesia: Bate e Rebate
Título: Bate e Rebate
Lembrança que bate, saudade que rebate
Assim sinto a amizade que em mim vive
E mesmo de longe seu sorriso me atinge
Um jogo de sorte que termina em empate
Em suas palavras duras leio leveza
No seu tom doce ouço apenas verdade
Não há orgulho ou pecado de vaidade
Apenas ansiedade vestida de firmeza
Que seja zen, fé desejar-lhe-ei
Ao seu brado nossa voz se unirá
Em cada brinde ela se reforçará
Que fique bem, em paz querer-te-ei
Ao seu lado minha afeição estará
Por seu chamamento ela aguardará
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Passado, presente ou futuro ?
O tempo não existe por si só, nós o criamos ! Percebêmo-lo como algo contínuo e sem fim, cujo começo se remete ao início do que entendemos como universo. Portanto, a linha temporal limita o nosso alcance, nossa "abstração temporal". Não faz sentido perguntar o que havia antes do tempo zero, já que nossas fórmulas e equações só surgiram a partir desse marco inicial. Não faz sentido perguntar o que haverá depois do fim, já que não há um final predefinido. Na verdade, ainda há um limite muito menor da nossa percepção, já que nossa mente só experimenta de fato o intervalo da nossa vida...
O ser humano tem um atributo fundamental para a vivência temporal, a memória.
Curiosamente nós só memorizamos eventos que já aconteceram, mas não eventos que ainda estão porvir, ou seja, temos um acesso unilateral, restrito ao passado. Apesar disso somos capazes de imaginar o futuro, construindo realidades alternativas ao nosso bel prazer, em outras palavras, sonhamos com o futuro.
Em resumo, podemos nos "transportar" para o antes e para o depois, mas só existimos de fato no agora. O que eu entendo como real só acontece no presente !
Entretanto, por uma série de razões, uma grande parte das pessoas não "vive" só o hoje. Em geral, na minha percepção, mulheres vivem mais no passado e no presente, enquanto homens vivem mais no presente e no futuro. Infelizmente, quem vive demais em outros tempos costuma experimentar descrença, desconfiança, ilusão, alienação, inércia, ansiedade, dureza, de forma mais intensa. Por outro lado, concentrar-se em cada agora traz vida à existência, mas a busca incessante por uma não-causalidade também traz tormentos como irresponsabilidade, imediatismo, desorganização, além de provocar insegurança naqueles ao redor.
Enfim, somos "eternos" viajantes do tempo, caçadores de refúgio, fugitivos incansáveis. E você, onde vive ?
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
O que vale é a intenção
Mais dúvidas do que certezas
Mais perguntas do que respostas
Mais loucura do que sanidade
Mais sonho do que realidade
Mais ansiedade, muito mais ansiedade
Nesse universo de tantos (...) o que mais vale é a intenção !
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Alea jacta est
Nos últimos quatro meses eu venho me dedicando a um novo hobby: vender. Parece estranho ? E é... (risos)
Na minha família materna há uma característica interessante, todo mundo tem os lados artista e cientista desenvolvidos simultaneamente. Minha mãe é contadora e cantora; meu tio, músico e engenheiro; meu irmão, quase-matemático e multi-intrumentista e eu, bem, eu gosto de números, acordes, palavras, pessoas, matizes... Não tenho a energia da minha mãe, a disciplina do meu tio ou o talento do meu irmão, mas tenho a minha diversidade. Eu me interesso por tudo e isso fez de mim um generalista.
Minha vida estava bem tranquila, quando surgiu uma oportunidade de mudança profissional. Depois de oito anos na área técnica, eu fui convidado para integrar a área comercial da empresa onde trabalho, assim, sem muitos preparativos. Fui tomado por um turbilhão de sensações, um sinal de que a proposta tinha me tirado da zona de conforto. Nada melhor do que um desafio pra atrair minha atenção e esse era um dos grandes.
Diante do mar de incertezas que me rondava, só uma idéia parecia certa: minha rotina não seria a mesma ! Eu já imaginava que escreveria menos, dormiria menos, faria menos exercícios, mas a emoção foi soberana.
De lá pra cá eu já fui promovido duas vezes e passei esse período vendendo idéias, soluções, resultados...
E nada melhor do que uma trova pra terminar o primeiro post de 2010 !
Vivo um momento científico,
Recheado de razão,
Mas na emotividade fico,
Na arte de um camaleão.
Alea jacta est
The die is cast
A sorte está lançada...
Haja preparação !
Saudações fraternais,
Fabio Machado