quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A vida ou a SUA vida ?

Estou de volta ! Bem, mais ou menos... De um tempo pra cá, pra escrever eu tenho que deixar de fazer alguma coisa e hoje eu decidi exercitar a mente.
Esses dias eu estava conversando com uma amiga e por algum motivo começamos a falar sobre a importância da vida. A conversa evoluiu pra um teor mais filosófico e debatendo sobre altruísmo versus egoísmo, eu levantei a seguinte questão: O que é mais importante, a vida em si ou a vida de alguém ?

É comum ouvir das pessoas que sua própria existência está em primeiro lugar e esse conceito faz todo sentido, pois só nós vivemos nossas experiências e ninguém, em qualquer plano, poderá desempenhar esse papel em nosso lugar, portanto, façamos certo ou errado, façamos nós !
Entretanto, devemos considerar que nossas vidas fazem parte de uma teia complexamente entrelaçada em que um ponto não subsiste sem os outros. Seguindo essa analogia, fazemos sentido existencial apenas na presença de outros semelhantes. Mesmo nesse contexto, é difícil conceber essa ideia a ponto de adotá-la.

Durante minha conversa tive um insight sobre um teste onde cada um poderia compreender melhor essa situação.
Imagine que essa noite você vai dormir normalmente e que ao acordar se encontre numa sala completamente vedada, sem janela e com apenas uma "porta" sem fechadura. Você se depara com dois botões embutidos em uma das paredes cada um com uma placa.

- A placa de um dos botões continha o texto: aperte esse botão e SÓ VOCÊ morrerá.
- A outra placa continha o texto: aperte esse botão e SÓ VOCÊ viverá.

Havia ainda uma terceira placa ao lado da porta que dizia: você só alcançará a liberdade se apertar um dos botões, caso contrário definharás até a morte.

O que você faria ?

No próximo post eu darei minha resposta e farei considerações sobre o assunto.


Saudações fraternais,

Fabio Machado.

5 comentários:

Elizabeth Costa de Oliveira Góes disse...

Já viu o filme A Caixa?
Eu prefiro morrer!
Bjs!

Dois Cafés disse...

ai, ai... que questionamento é esse, Sr. Fabio? quero só ver o que sai no próximo post! rs

Luana M. Machado disse...

Bom, não lembro mais como fazer pra postar um comentário aqui no seu blog, então arranjei esse jeito. Inevitável não me expressar diante deste texto, assim como de qq coisa q me afete e atice minha alma. :0) Então eu diria que preferiria a primeira opção porque teria o benefício de não definhar até a morte (sofrimento) já que a segunda em si mesma já seria a própria morte com a desvantagem de não existir pra mais ninguém e acabar enlouquecendo na solidão. Aliás, é como se perguntar: que som existe numa floresta se não há ouvidos pra ouvi-lo?
Saudações fraternais...

Malu disse...

Assim que li, foi bem óbvio: apertaria o botão pra morrer, claro!

Hum! Mas óbvio por que? Fiquei pensando nos motivos... Cheguei a pensar que, sob a ótica do indivíduo, as duas opções se equivaleriam, sendo que a segunda venceria por ser mais altruísta.

Mas não, não acho que as opções se equivalham, e nem que seja o altruísmo a justificativa mais essencial para esta decisão (existe uma premissa anterior ao próprio altruísmo, e é nela que no fundo nos baseamos).

É verdade que a gente só toma consciência do valor da nossa vida a partir da perspectiva do próximo. Eles funcionam como um espelho pra gente se enxergar, e seria bem chato viver por aí solitária. Só que eu já olhei no espelho, né? De alguma forma, já tenho consciência do que sou. Então, considerando essa minha vida pregressa integrada, não acho que um mundo sem ninguém seja como estar morta. Porque eu me saberia viva, ainda que ninguém mais soubesse, entende?

Está parecendo que eu mataria todo mundo? rsrsrsrs! Na verdade, isso tudo acima são digressões sem muita importância: eu preferiria morrer, com toda certeza. Em suma, porque, sendo também um espelhinho, sei do valor da vida em geral. Me enxergo nos meus semelhantes. Eles são vida como a minha. E essa vida na qual eu me insiro, que tem um valor intrínseco enoooorme, estaria mais bem preservada se eu mantivesse a vida dos outros. Optando por morrer, de uma forma meio louca, minha própria vida continuaria viva, sabe?

Com relação a apertar o botão ou definhar até a morte, Fabio, eu apertaria o botão! Provavelmente demoraria um pouquinho, morrendo de medo de alguma coisa brutal acontecer do nada, ehhehehe!!! Mas, tendo em vista que já teria decidido morrer mesmo, eu optaria por isso. Ia querer exercer o restinho de liberdade que me restou.

Mas não acho que a opção por não apertar seja sinônimo de dúvida sobre a melhor opção não. Você acha inviável que uma pessoa escolha conscientemente morrer assim?

Me expliquei direito? Estou meio com sono, então seja condescendente, tá? Até pq estou cededo ao seu incentivo, rs!

Adorei o post!
Beijos!!

Raquel Oliveira disse...

que graça tem viver sozinho? preferia morrer e deixar o resto pros outros.

Que bom que vc esta de volta!