Dá-me incerteza, peça-me esperança,
Que carregam o amanhã e a lembrança.
Tomo-lhe o medo, acolho-te como criança
Com braços e versos de temperança.
De lá nos percebem por fora,
imaginando o espaço entre o sujeito e o objeto,
vagando pelo labirinto de anseios e receios.
A dádiva do desencontro se faz, portanto,
onde o amor chorou suas dores e ardeu suas feridas.
E com vossas mãos enxugaremos as lágrimas e o sangue.
De cá olhamos para o alto,
enxergando o vazio escuro entre os pontos brilhantes,
tentando ir além dos porquês e senãos.
O mistério do encontro se refaz, entretanto,
onde a vida plantou suas sementes e jogou suas estrelas.
E com nossas mãos colheremos os frutos e os desejos.
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
8 comentários:
Um contraponto mais feliz, mais otimista dos post anterior. Gostei!
Beijos
Tanto no estar lá e perceber tudo de fora como no estar por cá e olhar sempre para o alto reside em ambos o mistério: seja ele respondido pela imaginação ansiosa ou pelas tentativas de ir além dos porquês e senãos. Utopia mesmo são as certezas, que cá pra nós tirariam a graça toda da vida. Precisamos de mistérios tanto como de incertezas. Falou bonito! Eu gostei.
Lindo e diferente do que já vi vo~cê escrevendo.
Só tenho algo para falar: As vezes algumas palavras completam....
bjos sumido!!!
Oi, querido.
Não sabia que tinha posto esse link do "Marcas do tempo" no seu orkut. Grata surpresa! bjs
Luana
E agora colorido! Haha
Lindo e colorido. Acho que fiquei viajando nas possibilidades de interpretação. Beijos.
És um senhor tão bonito... com a cara do meu filho... já diria Caetano em sua oração ao tempo...
De onde vermos o tempo acorda e se vinga em marcas.
Abs,
dogMas...
dos atos, fatos e mitos...
http://do-gmas.blogspot.com/
Que bonito isso, menino.
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