Título: Auto-imagem
por Fabio Machado.
Sinto que tirei do peito um grande peso
Como posso retribuir sua compreensão ?
Meu pagamento são as lágrimas que verto
As batalhas da vida são cobranças em vão
O tempo mostrará a verdade nua e crua
Que beiro a insanidade, a loucura às vezes
Tentando a todo custo te proteger da sua
Abra os olhos e veja o reflexo no espelho
Deixe o choro transbordar pelo canto
Depois o ritmo do coração interrompê-lo
Mire o céu, voe alto até o reencontro
Não permita que ele fuja de sua batalha mor
Enfrente seus demônios, desafie seus medos
Pois no final venceremos a guerra do amor.
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
sábado, 6 de novembro de 2010
Inferno
Estou puto. Preciso desabafar e escrever é um santo remédio nessas horas pra mim. Não leia, não divulgue, não copie e muito menos repasse esse texto, pois ele não fará bem.
Fui assitir o filme Tropa de Elite 2 no cinema agora há pouco e cheguei a uma conclusão desconsertante: ou eu sou um emissário do inferno e a minha natureza demoníaca me permitiu acreditar no conteúdo de um filme ficcional ou eu estou no próprio inferno !
Vivo, então, um dilema, porque eu não quero ser um demônio e muito menos viver no "mundo" deles.
O filme é um soco no estômago que em mim doeu MUITO. A realidade apresentada é mais do que Dantesca, Maquiavélica ou Nietzscheniana, ela é simplesmente má na ascepção mais básica da palavra. Eu tenho noção da existência de uma corrupção sistêmica, isso se aprende em qualquer diretório acadêmico melhorzinho, eu tenho noção da dualidade bem versus mal, isso meus pais me ensinaram da melhor maneira possível, eu tenho noção da idiotice política atual, que pode ser notada por quem conhece o básico do básico do básico da história grega; eu não tinha noção era da aberração que controla a minha vida. Sim, o "sistema" mencionado na película é um monstro sem corpo, sem forma, sem identidade, vivo, onipresente, adaptativo e auto-sustentável (f#%&*-se a reforma ortográfica).
Esse ente abominável não depende de mim, porque dependência pressupõe que eu teria algum poder. Pelo contrário, ele me usa ao seu bel prazer como um mamulengo abobalhado, faz de mim o que bem quer sem que eu possa sequer cogitar direitos ou deveres.
Nele a democracia se tornou uma realidade alternativa e o caos, o que é real; a ética deixou de ser sustentáculo, quando o poder a colocou no "microondas"; a polícia deixou de simbolizar a ordem, porque o dinheiro tomou o seu lugar; o governo, um dia representação do povo, hoje é uma piada de muito mau gosto.
Talvez a única coisa que tenha permanecido inalterada seja a lei da maioria, mas essa, infelizmente, é cega, surda, muda e acima de tudo, pobre, pobre de espírito, pobre de caráter, pobre de recursos...
Nesse momento de revolta, não vejo porque ser honesto, correto e cidadão de bem, se são os meus impostos, o meu estilo de vida e a minha educação o combustível dessa máquina mortífera.
Como se não bastasse, ainda enfrento uma inércia existencial circunscrita às minhas inconsciência coletiva e consciência individual.
Enfim, estou atolado na merda até o pescoço, mas não sinto o fedor, porque graças à minha apatia, eu já me acostumei com ele. O problema são os outros narizes...
Saudações infernais,
Fabio Machado
Fui assitir o filme Tropa de Elite 2 no cinema agora há pouco e cheguei a uma conclusão desconsertante: ou eu sou um emissário do inferno e a minha natureza demoníaca me permitiu acreditar no conteúdo de um filme ficcional ou eu estou no próprio inferno !
Vivo, então, um dilema, porque eu não quero ser um demônio e muito menos viver no "mundo" deles.
O filme é um soco no estômago que em mim doeu MUITO. A realidade apresentada é mais do que Dantesca, Maquiavélica ou Nietzscheniana, ela é simplesmente má na ascepção mais básica da palavra. Eu tenho noção da existência de uma corrupção sistêmica, isso se aprende em qualquer diretório acadêmico melhorzinho, eu tenho noção da dualidade bem versus mal, isso meus pais me ensinaram da melhor maneira possível, eu tenho noção da idiotice política atual, que pode ser notada por quem conhece o básico do básico do básico da história grega; eu não tinha noção era da aberração que controla a minha vida. Sim, o "sistema" mencionado na película é um monstro sem corpo, sem forma, sem identidade, vivo, onipresente, adaptativo e auto-sustentável (f#%&*-se a reforma ortográfica).
Esse ente abominável não depende de mim, porque dependência pressupõe que eu teria algum poder. Pelo contrário, ele me usa ao seu bel prazer como um mamulengo abobalhado, faz de mim o que bem quer sem que eu possa sequer cogitar direitos ou deveres.
Nele a democracia se tornou uma realidade alternativa e o caos, o que é real; a ética deixou de ser sustentáculo, quando o poder a colocou no "microondas"; a polícia deixou de simbolizar a ordem, porque o dinheiro tomou o seu lugar; o governo, um dia representação do povo, hoje é uma piada de muito mau gosto.
Talvez a única coisa que tenha permanecido inalterada seja a lei da maioria, mas essa, infelizmente, é cega, surda, muda e acima de tudo, pobre, pobre de espírito, pobre de caráter, pobre de recursos...
Nesse momento de revolta, não vejo porque ser honesto, correto e cidadão de bem, se são os meus impostos, o meu estilo de vida e a minha educação o combustível dessa máquina mortífera.
Como se não bastasse, ainda enfrento uma inércia existencial circunscrita às minhas inconsciência coletiva e consciência individual.
Enfim, estou atolado na merda até o pescoço, mas não sinto o fedor, porque graças à minha apatia, eu já me acostumei com ele. O problema são os outros narizes...
Saudações infernais,
Fabio Machado
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Momento Poesia
Sem Título
Autor: Fabio Machado
Leve-me à loucura em silêncio,
Mostre-me todo o poder do amor.
Cada movimento seu é um milagre.
E mesmo quando algo mudar,
Continuarei parado te admirando.
Esse é meu maior pecado,
Acolher-te e te abandonar,
Amar-te e te magoar,
Meu medo merece perdão ?
Não posso controlar os sentimentos,
Porque você está dentro de mim.
Eu me sinto vivo dos pés à cabeça
E quero me entregar até o fim,
Até quando o universo nos permitir.
Esse é meu maior pecado,
Querer, mas questionar em vão
Decidir sem dizer sim ou não,
Será que Deus vai me ajudar ?
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
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