Eu sou mudança, me enxergo de muitas maneiras, busco novas perspectivas a todo instante. Sinto o movimento da vida e meço sua velocidade com o pensamento. Talvez por isso eu seja louco, por não ser eu mesmo sempre, ou talvez assim eu me torne exatamente quem eu sou. Quem sabe ?
Não importa a referência, o tempo nunca pára. Mesmo imóvel, assisto seu desenrolar, seja no engatinhar das horas ou no correr dos segundos. Lá vai Ele de vento em popa, nos intrigando com suas (in)frequências... Lá vem Ele distribuindo teorias, absoluto em si, relativo em nós (ou será só em mim ?)
As armadilhas estão prontas, aguardando o próximo passo, todo cuidado é pouco e inútil, pois a isca é irrecusável: paradoxos ! Nada mais irresistível do que suas (in)coerências: o conhecimento desconhecido de um estranho, a visão imprevisível do futuro, o limite ilimitado do universo, a consciência insconsciente de Deus.
Sim, eu não sei, mas sigo, observando o antigo eu até me transformar no próximo. Não, eu sei e sigo, diante da mutabilidade imutável, crescendo de dentro pra fora até o tudo, o nada (...) o que fizer sentido na hora.
Saudações fraternais,
Fabio Machado.
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